30 de junho de 2015 | 20h18
BRASÍLIA - Associação de pacientes renais e transplantados do Distrito Federal ingressou nesta terça-feira, 30, na Defensoria Pública da União com um pedido para garantir a continuidade do tratamento de diálise na região. A entidade teme que clínicas que prestam serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS) interrompam suas atividades. Parte das clínicas não recebeu do Distrito Federal a remuneração por procedimentos realizados no ano passado.
A secretaria de Saúde do DF reconhece que não quitou parte das diálises realizadas em 2014, mas garante que não haverá interrupção de atendimento. A dívida com seis clínicas totaliza R$ 2,47 milhões. De acordo com a pasta, o valor já está disponível e se enquadra no cronograma de dívidas do governo.
O pedido protocolado nesta terça-feira foi feito pela União Brasiliense de Renais e Transplantados (UBRET), com o apoio da Aliança Brasileira de Apoio à Saúde Renal (Abrasrenal).
As clínicas deveriam receber R$ 179 por sessão realizada de hemodiálise. "A verba foi repassada pelo governo federal, mas mesmo assim, as clínicas não receberam", afirmou o presidente da Abrasrenal, Gilson Nascimento. De acordo com ele, umas das clínicas já teria feito uma notificação extrajudicial à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
"Nosso receio é a de que as clínicas interrompam os serviços. A capacidade do atendimento na região está esgotada. Se vagas forem fechadas não haverá forma de se fazer uma adaptação. Pacientes ficarão sem tratamento", disse Nascimento.
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