
19 de dezembro de 2014 | 23h24
SÃO PAULO - No primeiro dia após o anúncio de um plano de contingência que prevê reduzir o número de atendimentos eletivos na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, alguns pacientes tiveram ontem dificuldade para agendar exames na unidade.
Com problemas no fígado há quatro anos, a dona de casa Lucilene Gomes Cardoso, de 51 anos, tentou marcar um ultrassom do abdome à tarde, mas recebeu a informação de que o exame não estava sendo agendado. “Me pediram para voltar em janeiro para ver se tem alguma novidade, mas estou pensando em dar um jeito de fazer o exame em alguma clínica particular. Saúde é sempre urgente”, afirma Lucilene.
Uma mulher que não quis se identificar tentava marcar uma ressonância magnética com anestesia para a irmã, mas também não teve sucesso. “Disseram que não tem previsão de quando haverá vaga. O problema é que ela já está esperando há mais de cinco meses”, contou ela.
Funcionários ouvidos pelo Estado disseram que receberam a orientação para desmarcar alguns procedimentos agendados. “Nesta semana devo ter cancelado uns 20 agendamentos”, disse uma funcionária do setor de raio X central.
No pronto-socorro, o atendimento estava normal, com prioridade para os casos de maior gravidade.
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