Padilha diz respeitar desistência de cubana, mas pede avaliação para refúgio

Médica Ramona Matos Rodrigues deixou o Mais Médicos esta semana alegando que ganhava menos que colegas e pediu para se refugiar no Brasil

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Por e Ricardo Galhardo
Atualização:

SÃO JOAQUIM DA BARRA - O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha afirmou nesta sexta-feira, 7, "respeitar a decisão individual" da médica cubana Ramona Matos Rodrigues em pedir refúgio ao Brasil e considerou que o caso precisa ser avaliado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). "Se essa pessoa quer ir para os Estados Unidos, procurou visto e quer se encontrar com o presidente dos EUA, respeito a decisão", disse. "O Brasil tem regras muito claras. Tem um pedido de refúgio e tem um conselho, o Conare, que determina as condições para refúgio", completou Padilha, provável candidato ao governo paulista pelo PT.

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Esta semana, Ramona deixou o Mais Médicos, programa criado quando Padilha era ministro e que deve ser uma das bandeiras do provável candidato em sua campanha eleitoral deste ano. Após pedir refúgio ao Brasil e asilo aos Estados Unidos, a médica passou a morar na casa do deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR).

Padilha voltou a defender o Mais Médicos, disse que outros 9 mil profissionais estão no programa "atendendo milhões de brasileiros, com avaliação muito positiva por parte da população" e que convênios semelhantes feitos entre Brasil e Cuba para trazer médicos foram firmados entre o país caribenho com outros 60 países.

Diante das ameaças do Ministério Público de abrir uma investigação ao Mais Médicos, Padilha afirmou que "a segurança jurídica do programa foi consolidada desde o começo e, mais ainda, quando se transformou em uma lei aprovada pelo Congresso Nacional", concluiu Padilha, antes de deixar Igarapava (SP) rumo a São Joaquim da Barra (SP), primeiras cidades percorridas pela caravana do ex-ministro por São Paulo antes da campanha eleitoral.

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