30 de janeiro de 2018 | 19h14
SÃO PAULO - O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira, 30, que foram confirmados 3.037 casos de alterações no crescimento e no desenvolvimento de recém-nascidos e crianças em consequência da infecção pelo vírus da zika de 8 de novembro de 2015 a 2 de dezembro de 2017. Setenta morreram no período.
+++ Um ano de microcefalia: uma emergência esquecida
Segundo o boletim epidemiológico, em dois anos, foram notificados 15.150 ocorrências suspeitas de más-formações provocadas pelo zika, das quais 1.987 (13,1% do total) foram excluídas pelo ministério após "criteriosa investigação, por não atenderem às definições de caso vigentes".
+++ 1/4 das mães de bebês com microcefalia é adolescente
Já em relação aos casos com apuração concluída, além dos 3.037 (20,1%) confirmados, 6.718 (44,3%) foram descartados, 310 (2%) foram classificados como prováveis para relação com infecção congênita durante a gestação e 195 (1,3%) como inconclusivos.
+++ O mistério de Laura e Lucas
Do total de casos notificados, 2.903 (19,2%) permaneciam em investigação quando o levantamento do ministério foi fechado.
A região que concentrou o maior número de ocorrências confirmadas foi o Nordeste, com 2.001 casos, seguido pelo Sudeste, com 569, e pelo Centro-Oeste, com 237. O Norte registrou 179, enquanto o Sul, 51.
Entre as unidades federativas, a Bahia foi o Estado com mais casos confirmados de más-formações em bebês e crianças, com 509. Na sequência, aparecem Pernambuco (438), Rio de Janeiro (268) e Maranhão (205).
Das 70 mortes confirmadas em função das alterações causadas pelo zika, 30 ocorreram no Nordeste, sendo 16 em Pernambuco, o Estado com o maior registro de óbitos. Na Região Sudeste, foram 20 mortes, das quais nove ocorreram em Minas Gerais.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.