A disseminação do vírus H1N1 na Austrália, Reino Unido, Chile, Japão e Espanha trouxe o mundo para mais perto do nível máximo de alerta de pandemia, disse um representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, 2.
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"Estamos na Fase 5, mas chegando perto da Fase 6", afirmou Keiji Fukuda, diretor-geral em exercício da organização, em teleconferência com jornalistas.
"Há diversos países que parecem estar em transição, passando casos relacionados a viagens ao exterior para tipos de disseminação de comunidade", disse ele.
"Alguns desses países são países que vocês vêm acompanhando há um bom tempo, mas incluem nações como Reino Unido e Espanha na Europa, Japão na Ásia, Chile na América do Sul e também a Austrália".
De acordo com os números mais recentes da OMS, a nova gripe, conhecida também como gripe suína, já foi detectada em 64 países, e continua mais prevalente na América do Norte. Laboratórios da OMS confirmaram 19 mil infecções, sendo que 117 causaram morte.
Fukuda disse que esses números podem não mostrar o alcance total da doença, que tem afetado jovens de um modo que não é normal para a gripe comum, e que tem causado, na maioria das vezes, apenas sintomas moderados pelo mundo.
"Não sabemos o número total de pessoas que foram infectadas em todo o espectro", disse ele.
"Temos alguma hesitação em chamar essa infecção de moderada. O impacto futuro dessa infecção ainda precisa se revelar".
A OMS está trabalhando numa atualização de sua escala de pandemia de seis pontos, de forma que o ponto mais elevado reflita a gravidade da doença, e não só sua disseminação geográfica.
Fukuda disse que uma das ideias é acrescentar uma escala de gravidade de três pontos dentro do nível mais elevado, de forma que a fase geral do alerta possa chegar a 6 mesmo com uma doença leve, e ser ajustada de acordo com os efeitos da moléstia.