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Paulistano espera 6 horas por vacina contra febre amarela

Procura começou após confirmação do primeiro caso na cidade de São Paulo, na última sexta-feira

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Por Redação
Atualização:

Após a confirmação do primeiro caso de febre amarela na Capital, a procura pelos postos de vacinação aumentou. No aeroporto de Congonha, na Zona Sul, o posto de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, estima ter aplicado cerca de 600 doses de vacina até as 14 horas para prevenir a doença. A fila de espera chegou a ser de seis horas. No Aeroporto Internacional de São Paulo (Congonhas), o posto de vacinação da agência atendeu, desde a última segunda-feira, 500 pessoas, em média, por dia. Normalmente, são aplicadas 100 doses diárias de vacina nessa unidade. Até as 12 horas , o posto havia sido procurado por cerca de 200 pessoas. Veja também: Febre amarela pode ter matado aposentada em Goiás Mosquitos analisados em Brasília não têm vírus da febre Macaco morto em Brasília não tinha febre amarela Argentina, Paraguai e Uruguai emitem alerta para febre amarela A analista de sistemas Carla Czernorucki, de 32 anos, estava acompanhada das filhas Isabel, de 6 anos, e Ana Beatriz, de 2 anos. Elas chegaram ao posto de vacinação ás 9h e até ás 14 horas não haviam conseguido receber a dose. "Nós pretendíamos ir para a Brasília visitar uns parentes e aproveitar as férias, mas estamos adiando a viagem cada vez mais porque tenho medo que as minhas filhas sejam infectadas", aponta Carla. Na sexta-feira, foi diagnosticada o primeiro caso de febre amarela na cidade de São Paulo. Segundo boletim médico, o morador de Santa Bárbara d'Oeste está clinicamente estável e com melhora gradativa, mas sem previsão de alta.   A confirmação de dois casos de febre amarela silvestre em humanos no País fez pelo menos três nações que fazem fronteira com Brasil recomendar oficialmente, neste sábado, 12, a vacinação de seus cidadãos que pretendam viajar rumo ao País. Argentina, Paraguai e Uruguai aconselharam a vacinação contra a febre amarela às pessoas que devem viajar ao Brasil - um dos principais destinos dos turistas  sul-americanos em plena temporada de férias de verão. A Embaixada do Brasil em Assunção indicou em uma nota que as  pessoas que desejam entrar no território brasileiro devem se  vacinar, no mínimo, dez dias antes da viagem. Em Buenos Aires, capital argentina, várias pessoas tem enfrentado filas para tomar a vacina contra a doença. Na quinta-feira, 10, pelo menos 3 mil pessoas enfrentaram mais de sete horas de fila para a imunização. O ministério da Saúde argentino divulgou comunicado que ressalta que os turistas que embarcarem para o litoral sul brasileiro não precisam ser imunizados. No entanto, devido à grande procura, o ministério habilitou mais dois locais de vacinação na capital do país. Em comunicado, o Ministério de Saúde Pública do Uruguai também recomendou às pessoas que vão viajar ao Brasil, em especial para áreas rurais e de selva, que se vacinem contra febre amarela com no mínimo dez dias de antecedência. O comunicado indica, porém, que as cidades costeiras, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e Fortaleza não são áreas com risco de transmissão. Campinas Em Campinas, no Aeroporto Internacional de Viracopos, desde a última segunda-feira foram aplicada cerca de 130 doses de vacina por dia. Normalmente, esse número se aproximada de 20. De acordo com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária, (Infraero), o aumento da procura causou congestionamento de pessoas no saguão do aeroporto. No Porto de Santos não houve aumento na vacinação. Foram feitas cerca de 300 aplicações por dia na última semana. O acesso ao posto, no entanto, é restrito à comunidade portuária. De acordo com a assessoria de imprensa da Anvisa, não houve registro, até o momento, de falta de doses da vacina contra febre amarela nos postos da entidade. A agência informou que os interessados em se imunizar podem procurar também os postos da Secretaria Estadual de Saúde e das secretaria municipais. Casos no Brasil Até o momento, o Ministério da Saúde do Brasil registrou 15 notificações, procedentes dos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Três casos foram descartados, dois foram confirmados e o restante está ainda em investigação. O primeiro caso confirmado é o do administrador de empresas Graco Abubakir, de 38 anos, que morreu em um hospital de Brasília na segunda-feira, 7. A hipótese do Ministério da Saúde é a de que Abubakir tenha sido contaminado quando esteve em cachoeiras do município goiano de Pirenópolis, a 150 quilômetros de Brasília, nos feriados de final do ano. O outro caso é de uma jovem paulistana, que está internada no Hospital São Luiz, na zona sul de São Paulo. Ela teria contraído a doença durante uma viagem ao Mato Grosso do Sul. A paciente não estava vacinada contra febre amarela.   (Com Agência Brasil) Texto atualizado às 18h50

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