Pequenos lojistas usam a criatividade para tentar 'escapar' de isolamento do coronavírus

Uma loja de roupas infantis passou a atender pelo WhatsApp e prevê entrega a domicílio para os clientes

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Por Márcia De Chiara
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Pequenos lojistas estão usando a criatividade para continuar vendendo mesmo no período de isolamento que a cidade de São Paulo vai enfrentar nas próximas semanas por conta do coronavírus. Dona da loja de roupas infantis Meio a Meia, na zona norte da capital,a comerciante Virginia Morato da Conceição, não deixa a peteca cair. “Na segunda-feira as vendas pararam e na terça-feira decidi anunciar que atenderia por WhatsApp.”

Virginia colocou uma lousa na frente da loja, onde escreveu uma mensagem com letra manuscrita aos clientes Foto: Marcia De Chiara/Estadão

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Ela colocou uma lousa na frente da loja, onde escreveu uma mensagem com letra manuscrita aos clientes. Ela avisa que vai passar a entregar as compras na casa do freguês e as encomendas podem ser feitas por meio do aplicativo de mensagens. “Como as pessoas não estão vindo comprar na loja, durante a crise vou vender só por WhatsApp”, diz.

Virgínia se prepara para um período de vacas magras, com a determinação da Prefeitura de São Paulo de que as lojas de rua não poderão funciona na cidade. “Acho que até sábado será normal. Depois vou vir para a loja só para pegar as encomendas e fazer as entregas dos pedidos feitos por meio do aplicativo de mensagens.”

A comerciante enxugou os custos nos últimos seis meses. Dispensou os funcionários e passou a trabalhar sozinha. Sem dívidas, Virgínia conta que está cautelosa. Encomendou metade do volume do ano passado para a coleção de inverno e não planeja reforçar os pedidos. A comerciante, que tem loja há 30 anos e passou por várias crises, diz que a atual é a pior.

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