Pernambuco registra primeira morte por dengue hemorrágica

Neste ano, já foram confirmados 317 casos de dengue clássica e dois do tipo hemorrágico no Estado

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O Estado de Pernambuco confirmou nesta quinta-feira, 10, o primeiro caso de morte por dengue hemorrágica este ano, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. Um menino de oito anos, que morava no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, morreu na última terça-feira, 8, no Hospital da Restauração, no Recife, onde estava internado desde a segunda. Veja também: Entenda a doença e veja os números  Dengue pode trazer prejuízos ao setor de Turismo no RJ Ele foi enterrado na manhã de quarta, segundo informações da Secretaria Municipal. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2008, já foram confirmados 317 casos de dengue clássica e dois do tipo hemorrágico. No mesmo período do ano passado, houve 495 casos de dengue clássica, 6 do tipo hemorrágico e nenhuma morte. Pelo menos 30 cidades brasileiras, incluindo sete capitais, apresentam a mesma combinação que levou o Rio à epidemia de dengue neste ano: alta infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, aumento do vírus do tipo 2 - um dos mais agressivos - e um número considerável de pessoas suscetíveis à contaminação, de acordo com cruzamento de dados entre o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde, com mapas de circulação dos vírus da dengue. Trinta cidades, espalhadas pelos Estados de Roraima, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Ceará, Alagoas e Pará, vivem o risco de expansão da dengue tipo 2. Já as capitais que têm essa combinação são Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió, Salvador, Belém e Palmas. Uma nova onda de epidemia de dengue no País teria mais casos graves e atingiria principalmente pessoas mais jovens. Exatamente o que vem ocorrendo no Rio. Entre as causas dessa nova onda estaria o tipo de população suscetível. A dengue é provocada por quatro tipos de vírus, batizados de 1, 2, 3 e 4. Ao ser infectado, o paciente cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou sua doença. No Brasil, já há grande número de pessoas resistentes, por causa das três epidemias registradas. Mas crianças que nasceram durante e depois da década de 90 não têm essa imunidade.

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