Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona e do Instituto de Microeletrônica de Barcelona criaram um sistema de identificação para óvulos e embriões, no qual cada um pode ser individualmente rotulado com códigos de barra de silício. Os cientistas pretendem refinar a técnica e aplicá-la a óvulos e embriões humanos.
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O trabalho, publicado online em Human Reproduction, pode representar o primeiro passo num sistema que permita reduzir os riscos na identificação de gametas femininos e embriões durante procedimentos de fertilização in vitro e transferência embrionária.
Códigos microscópicos de silício, fabricados por meio de técnicas microeletrônicas, foram empregados na pesquisa. Em testes anteriores, pesquisadores determinaram que as partículas de silício são inócuas para as células humanas.
No trabalho atual, os códigos foram injetados no espaço perivitelino dos embriões de camundongos, localizada entre a membrana celular e a zona pelúcida, uma barreira que protege o embrião.
Como o embrião se mantém na zona pelúcida antes de se implantar no útero, os códigos se perdem quando o embrião deixa a zona.
A pesquisa espanhola mostrou que o embrião marcado se desenvolve normalmente, em cultura, até o estágio de blastocisto, que precede a implantação.
Os autores dizem que pretendem aperfeiçoar o processo pelo qual o embrião se livra da etiqueta, com um processo que evite a injeção no espaço perivitelino e a fixação na parte externa da zona pelúcida.