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PF abre nova investigação sobre transplantes de órgãos

A partir de denúncias, a nova investigação foi aberta para apurar a suposta tentativa de venda de órgãos

Por Fabiana Marchezi
Atualização:

A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal abriu, nesta sexta-feira, 1º, um novo inquérito para apurar denúncias decorrentes da Operação Fura Fila. Segundo os investigadores, familiares de pacientes que foram rejeitados na fila única para transplante de fígado, no Estado do Rio de Janeiro, estão procurando a Polícia Federal para apresentar denúncias de que médicos teriam cobrado para realizar transplantes. Numa das principais denúncias, a irmã de um paciente que morreu por falta do transplante, relatou que um dos médicos envolvidos com a quadrilha teria cobrado R$ 150 mil para realizar a cirurgia, em uma clínica particular. A partir desta e de outras denúncias, a nova investigação foi aberta para apurar a suposta tentativa de venda de órgãos, que pode configurar crime de corrupção passiva ou de compra ou venda tecidos, órgãos ou partes do corpo humano. O médico Joaquim Ribeiro Filho, ex-coordenador do Rio Transplante e ex-chefe da equipe do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio, foi preso quarta-feira, 30, pela Polícia Federal, na Operação Fura Fila. Ele é acusado de, em troca de dinheiro, dar diagnóstico falso para beneficiar pelo menos três pacientes que receberam transplante de fígado, em detrimento da lista única estadual. Em um dos casos, segundo investigação da PF, o médico teria recebido cerca de R$ 200 mil. Ele e outros quatro médicos da equipe do hospital foram denunciados pelo procurador da República Marcello Miller por crime de peculato (desvio de recursos ou bens do Estado por servidor).

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