Plano de reabertura de Covas e Doria desagrada aliado da Região Metropolitana de SP

Prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, reclama dos critérios adotados para flexibilização

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Por Pedro Venceslau e Paula Reverbel
Atualização:

A decisão por uma reabertura na cidade de São Paulo como parte do plano de reabertura do Estado anunciado pelo governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira, dia 27, desagradou alguns aliados da região metropolitana. Também tucano, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, um dos principais aliados do governo estadual, criticou duramente o mandatário e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).  Morando argumenta que foi adotado um critério que beneficia a reabertura da capital enquanto mantém fechados os comércios de São Bernardo, mesmo que os índices de sua cidade estejam melhores.

Prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, reclama dos critérios adotados para flexibilização Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

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“A Região Metropolitana têm 39 cidades incluindo a capital, administrada por uma diretoria regional de saúde. Se você pegar o número de leitos disponíveis para covid-19 das 39 cidades e dividir pelo número de habitantes, todos ficam em um índice vermelho (de alerta máximo). O Bruno (Covas) bateu o pé na mesa para tirar a capital da conta. Se você tira a capital, aí a cidade entra no laranja”, afirmou Morando ao Estadão. “Mas, se é para tirar a capital da Região Metropolitana, tem que tirar também São Bernardo – o meu número de disponibilidade (de leitos) é muito maior que na capital”, acrescentou. 

Ele afirma ainda que os consumidores vão ter a opção de frequentar o comércio paulistano, mas não o de sua cidade. “Supondo que vai flexibilizar, o cara da Região Metropolitana vai para o shopping de São Paulo e eu fico com o shopping de São Bernardo fechado?”, indagou. “O ABC não abre nada no vermelho”.

O prefeito defende que ou todas as cidades da região sejam consideradas na faixa vermelha, ou que todos se separem de vez. “Por que aí não estão ouvindo a ciência”, argumentou. “Se é para ouvir a ciência, não é para liberar ninguém da Região Metropolitana”, defendeu.

Procurado pelo Estadão, o governo paulista afirmou que o comitê de contingenciamento irá avaliar o pleito de municípios da Região Metropolitana.

“O modelo heterogêneo delimita uma análise específica de cada uma das regiões. Os municípios do ABC estão pleiteando a subdivisão da Região Metropolitana, através da organização das 6 regiões de saúde, o que será avaliado pelo comitê de contingenciamento”, afirmou o secretário de desenvolvimento regional do governo João Doria, Marco Vinholi.

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