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Polícia do Rio investiga aplicação de ‘vacina de vento’ em três cidades

Denúncias feitas por parentes de idosos mostram falsa aplicação das doses, o que pode configurar peculato 

Por Caio Sartori
Atualização:

RIO - Após imagens repercutirem, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu investigação para apurar a suposta falsa aplicação de vacinas contra a covid-19 em diferentes cidades do Estado. Relatos apontaram para a prática - que pode configurar crime de peculato - na capital, na vizinha Niterói e em Petrópolis, na região serrana. 

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As suspeitas sempre começam quando familiares de idosos que foram se vacinar estranham o movimento feito pela pessoa que está aplicando a dose. Em um dos casos, por exemplo, o profissional de Saúde nem sequer aperta o êmbolo da seringa. 

“Se as investigações confirmarem que houve desvio de dose, ou qualquer outra irregularidade, o profissional de saúde poderá ser autuado pelo crime de peculato, que tem penas que podem chegar até a 12 anos de reclusão”, disse, em nota a Polícia Civil. 

Vacinas contra a covid-19 Foto: Marton Monus/ EFE

O crime de peculato é definido como aquele em que o funcionário público se apropria de “dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.” Um exemplo clássico disso na política é a chamada “rachadinha”, quando um deputado, por exemplo, recebe dinheiro desviado de seus assessores. 

Nos últimos dias, as secretarias de Saúde de Goiânia, em Goiás, Maceió, em Alagoas, e Manaus, no Amazonas, revisaram os procedimentos para evitar falhas na aplicação de doses da vacina depois que denúncias parecidas foram feitas. 

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