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Por risco de Ebola, coveiros de Serra Leoa declaram greve

Contato com fluidos de pessoas mortas é uma das principais formas de infecção; país é o segundo com maior número de casos

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Por Redação
Atualização:

Equipes responsáveis pelo sepultamento de vítimas de Ebola em Serra Leoa declararam greve, afirmando que não receberam pagamento, e deixaram nas ruas corpos de mortos, segundo informou nesta quarta-feira, 8, a mídia do país. O fato é preocupante, uma vez que o contato com fluidos de pessoas mortas é uma das principais formas de infecção.

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O vice-ministro da Saúde, Madina Rahman, ressaltou que a greve já está sendo resolvida. “O ministério vai investigar o atraso no pagamento dos trabalhadores”, afirmou. As equipes de sepultamento são formadas por 600 homens organizados em 12 grupos. 

O porta-voz do Ministério da Saúde de Serra Leoa, Sidie Yahya Tunis, classificou a situação como “muito vergonhosa”, indicando que havia dinheiro disponível para o pagamento dos trabalhadores. “O governo já vem recebendo críticas por atrasar em mais de um mês a liberação de um contêiner com equipamentos médicos e colchões”, lamentou. Serra Leoa é o segundo país africano com mais casos: são 623 mortes.

Serra Leoa é o segundo país africano com mais casos: são 623 mortes Foto: EFE

Custo. O impacto econômico da epidemia de Ebola também não para de crescer e pode chegar a US$ 32,6 bilhões até o fim do ano que vem, se a doença que atinge Guiné, Libéria e Serra Leoa se espalhar para países vizinhos do Oeste africano, informou o Banco Mundial nesta quarta-feira. 

“A comunidade internacional deve encontrar formas de ultrapassar barreiras logísticas e enviar mais médicos e funcionários da saúde treinados, mais leitos hospitalares e mais saúde e desenvolvimento para ajudar a interromper o doença e sua trajetória”, disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial. 

Ele acrescentou que o enorme custo econômico do atual surto para os países afetados e para o mundo “poderia ter sido evitado com o contínuo e prudente investimento no fortalecimento de sistemas de saúde”. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

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