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Prefeitura lança 2ª fase do Corujão voltada para exames complexos

Doria promete reduzir tempo de espera para 30 dias nos casos de urgência e 60 para os de rotina

Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 5, a segunda fase do programa Coruja da Saúde para regularizar a fila de exames complexos. Atualmente, a fila tem 83.322 procedimentos na espera - são exames mais demorados que, em geral, requerem a sedação do paciente e a presença de um médico. Esse tipo de procedimento não havia sido incluído na primeira fase do programa.

Atualmente, os pacientes esperam, em média, 121 dias para conseguir realizar esse tipo de procedimento. O prefeito João Doria (PSDB) promete reduzir até o final de março do ano que vem o tempo de espera para 30 dias nos casos de urgência, e 60 para os de rotina."Vamos continuar realizando os exames da primeira fase e ampliar. (Para os procedimentos da primeira fase) estamos com a fila regular, com atendimento na mesma média de espera do setor privado", disse Doria.

'Vamos continuar realizando os exames da primeira fase e ampliar', diz o prefeito João Doria durante a apresentação da 2ª fase do Corujão da Saúde Foto: Leon Rodrigues/Secom/Prefeitura de São Paulo

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Para alguns procedimentos de complexidade, o tempo de espera atual ultrapassa dois anos. É o caso do estudo urodinâmico, com tempo médio de espera de 867 dias. Para regularizar a fila, um quarto dos procedimentos será feito na rede privada que já estava conveniada à Prefeiturapara a primeira etapa do programa. A remuneração seguirá os valores da tabela do Sistema Único de Saúde(SUS) e a estimativa é de um custo total de R$ 6 milhões. O número de exames é baseado nos pedidos feitos até 30 de setembro. 

Segundo o secretário municipal de Saúde Wilson Pollara, o custo pode ser menor já que o total de procedimentos ainda não foi "depurado". "Assim como fizemos na primeira fase, vamos telefonar para os pacientes, ver quais exames já foram feitos e quem mudou de cidade." 

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Balanço. A primeira fase do Corujão priorizou exames baseados em imagem, como ultrassonografias e tomografias. Dos 485,3 mil procedimentos que estavam na fila desde o ano passado, foram feitos 345,7 mil no primeiro trimestre de 2017. Segundo a Prefeitura, os demais não eram mais necessários ou os pacientes não foram localizados. A administração municipal afirma ainda que, até setembro, foram realizados mais de um milhão de exames. 

No fim de maio, a Prefeitura também anunciou o Corujão da Cirurgia, com a promessa de zerar a fila de 59,6 mil pacientes em um ano e meio. Segundo a pasta, até o final de setembro foram feitas 12.083 intervenções e 8.836 pacientes não foram localizados ou não precisavam mais da cirurgia. A fila atualmente tem 38.714 pacientes na espera. 

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Com a nova fase do Corujão voltada para exames de maior complexidade, Pollara disse esperar alta na demanda por procedimentos cirúrgicos. "A maioria desses exames são preparatórios para cirurgia. Faz parte da relação que queremos fazer para equacionar oferta e demanda. E temos perfeitas condições de aumentar esse tipo de atendimento."

Segundo ele, nos hospitais municipais de São Paulo são feitas atualmente uma média de 1,6 procedimentos por sala cirúrgica a cada dia. A meta é aumentar essa média para quatro por dia em cada sala. "Hospitais como o Sírio Libanês e o Einstein (unidades particulares de ponta) fazem de 5 a 6 procedimentos", exemplificou. 

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