23 de maio de 2011 | 14h34
SÃO PAULO - Astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) receberam na manhãs desta segunda-feira a ligação do presidente italiano Giorgio Napolitano. A ligação durou pouco menos de 20 minutos e foi dirigida principalmente aos dois tripulantes italianos, Paolo Nespoli e Roberto Vittori.
Veja também:
Assista ao vídeo da conversa entre o presidente e os astronautas italianos
Durante a conversa, o presidente quis saber ser era possível ver o canal de Veneza e as famosas gôndolas. Nespoli respondeu que era possível ver balsas, mas não gôndolas. Ele também falou sobre as paisagens de "tirar o fôlego" da Terra.
Os astronautas aproveitaram a conversa para falar ainda da bandeira que o presidente entregou a Vittori por conta da comemoração dos 150 anos da unificação da Itália. Ela viajou com ele até a estação espacial a bordo do Endeavour e agora retornará com Nespoli à Terra a bordo da nave russa Soyuz, que parte nesta segunda-feira.
Nespoli também aproveitará a viagem de volta para atender a uma solicitação da Nasa. Ele irá fotografar o ônibus espacial Endeavour atracada à ISS e tentará enquadrar a Terra na imagem.
"Esperamos que esta foto apareça nos livros nos próximos anos", disse Kenneth Todd, diretor da Nasa. "Será ótimo ter o ônibus espacial representado lá conosco e com os parceiros internacionais".
Enquanto o comandante russo Smitry Kondratyev posiciona a nave, Paolo irá tirar fotos e gravar vídeos para a Nasa. Caso o combinado não dê certo por algum problema técnico, a agência norte-americana terá apenas mais uma oportunidade para obter a foto do jeito que eles imaginaram. Será com a partida do ônibus espacial Atlantis, em 8 de julho. Mas a manobra seria muito mais complicada e a empreitada ainda não foi autorizada pela Rússia.
A foto tem grande importância para a Nasa porque ela encerrará o programa de ônibus espaciais, que durou 30 anos, após o retorno do Atlantis. As naves serão expostas em museus e os astronautas viajarão à ISS a bordo da Soyuz ou de naves de outros países, como o Japão. Com um custo muito alto, o programa da agência será substituído por serviços de transportes espaciais de empresas particulares.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.