Probióticos protegem enfermos da pneumonia, diz estudo

Lactobacilos ajudam a combater doença em quem respira com ajuda de aparelho.

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Por Da BBC Brasil
Atualização:

Uma pesquisa sueca afirmou que probióticos podem proteger pacientes em estados clínicos graves da pneumonia. Segundo o estudo do Hospital da Universidade de Lund, Suécia, as bactérias benéficas à saúde podem impedir que micróbios perigosos colonizem as vias respiratórias de pacientes gravemente doentes e que respiram com a ajuda de aparelhos. A solução probiótica teve o mesmo bom desempenho que os antissépticos normais, usados para prevenir a contaminação por bactérias causadoras de pneumonia. E, por serem mais naturais, os probióticos apresentaram menos efeitos colaterais. As bactérias probióticas Lactobacillus plantarum 299 são normalmente encontradas na saliva e produtos fermentados. Alergias A pneumonia é um problema comum em pacientes que precisam da ajuda de aparelhos para respirar. Ela ocorre quando bactérias prejudiciais presentes na boca, garganta ou tubo respiratório são inaladas pelo pulmão. Esfregar o antisséptico clorexidina na boca dos pacientes é a recomendação mais comum para reduzir o risco deste tipo de pneumonia em pacientes em estado grave e que precisam da ajuda de aparelhos para respirar. É raro, mas alguns pacientes são alérgicos à clorexidina. Também existe um risco pequeno de a bactéria causadora de pneumonia desenvolver resistência à clorexidina. A equipe de cientistas suecos liderada por Bengt Klarin comparou o tratamento com o probiótico e com a clorexidina em 50 pacientes em estado grave. Exames revelaram que os dois tratamentos podem ser eficazes na prevenção da proliferação de bactérias potencialmente prejudiciais na boca e garganta. E um probiótico que adere à boca por dentro poderá funcionar todo o tempo, ao contrário dos antissépticos, que perdem o efeito depois de algumas horas. Os cientistas suecos afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas para investigar a possibilidade do uso do probiótico nestas ocasiões. O estudo sueco foi publicado na revista especializada Critical Care. "É uma idéia plausível. Mas precisamos de testes maiores que se concentrem em resultados clínicos que provem que o tratamento é eficaz e barato", afirmou Bob Marsterton, diretor da Sociedade Britânica para Quimioterapia Antimicrobiana. Para Marsterton a clorexidina ainda é um tratamento altamente eficaz, barato e disponível. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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