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Proteção é essencial aos idosos

Com a vacinação, sistema imunológico age mais rápido

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Por Redação
Atualização:
3 min de leitura
Getty image 

Faz exatos 22 anos que a dona de casa Luciana Maria Antoniazzi, 96, não sabe o que é pegar gripe. Desde 1999, ano em que o Programa Nacional de Imunizações começou a oferecer a vacina contra o vírus influenza, ela “bate cartão” no posto de saúde todo outono para se vacinar. “Nunca tive essas gripes com febre, com tosse, nunca tive”, conta. Com problemas cardíacos há muitos anos, dona Luciana sempre soube que não poderia se descuidar.

Segundo a pneumologista Rosemeri Maurici, membro da Comissão Científica de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a proteção que a vacina da gripe oferece é essencial a todos os que estão nos grupos prioritários, mas especialmente aos mais idosos.

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“Os idosos têm o que chamamos de ‘senescência do sistema imunológico’, que é uma dificuldade maior de reagir às agressões externas, sejam elas virais, fúngicas ou bacterianas. Esse grupo também se destaca pelo fato de apresentar mais comorbidades, que são fatores de risco para adquirir infecções e suas respectivas complicações”, explica. A vacina faz com que o sistema imunológico aja mais precocemente quando a pessoa contrai o vírus, afirma. “Isso torna as infecções mais brandas ou até assintomáticas”, completa.

Mitos sobre a vacina da gripe

A vacina da gripe é uma das que mais são alvo de boatos. Um dos mais comuns é de que ela pode causar a doença que deveria combater. Segundo a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), não existe possibilidade alguma de isso acontecer. “A vacina contra a gripe não contém vírus vivo, ela é feita com o vírus inativado, incapaz de causar a doença”, garante.

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Então por que algumas pessoas reportam que ficaram doentes logo após serem imunizadas?  “Como a campanha de vacinação ocorre nos meses em que o vírus circula, a pessoa pode ter sido infectada um, dois dias antes de se vacinar. E o imunizante precisa de 14 dias para nos proteger”, explica. “Isso de o imunizante causar a gripe é um grande mito e ao mesmo tempo um grande desafio, porque a coincidência é a maior inimiga de qualquer vacina”, completa.

E não é mais verdade que pessoas que têm alergia severa ao ovo não podem tomar a vacina contra a gripe. Pesquisas recentes mostraram que a imunização desse público é segura desde que essas pessoas recebam a vacina em um ambiente que tenha condições de atendimento a qualquer tipo de reação anafilática e permaneçam em observação por pelo menos meia hora, recomenda o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. “Hoje está claro na literatura e nas recomendações internacionais e do Brasil que essas pessoas podem e devem se vacinar com a vacina influenza”, garante Isabella Ballalai.

E uma outra notícia que tem sido divulgada é de que a vacina contra o vírus influenza preveniria o coronavírus. Embora os imunizantes contra a gripe e as doenças pneumocócicas sejam extremamente importantes, elas não oferecem proteção nenhuma contra o SARS-CoV-2, alerta a SBIm. “Embora um estudo baseado em prontuários eletrônicos tenha verificado que a proporção de pacientes com teste positivo para covid-19 era inferior entre os vacinados contra influenza, até o momento não há qualquer evidência científica de que vacinas para outras doenças possam prevenir a covid-19”, informa a Sociedade Brasileira de Imunizações em uma nota técnica publicada no último dia 8 de abril.

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Cuidados antes, durante e após a vacinação contra a gripe (influenza) — trivalente ou quadrivalente

Se estiver com febre, adiar a vacinação até apresentar melhora.

Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecer em até 48 horas. Se apresentar dor no local da vacina, fazer compressas frias. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.

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Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Esses sintomas têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos (orientação do PNI).

No caso de história de síndrome de Guillain-Barré até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.

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