
23 de março de 2012 | 15h58
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo divulgou um levantamento que revela que dez pessoas morrem por mês devido à exposição ao fogo, chamas e fumaça, o que corresponde a uma morte a cada três dias relacionada a essas causas. A região que compreende a capital e a zona metropolitana é a área que registrou o maior número de óbitos do tipo no Estado.
Segundo o órgão, foram registradas 2,2 mil internações causadas por queimaduras em 2011. Destes casos, que ocorrem no trabalho ou em acidentes domésticos, 120 pessoas morreram, sendo 59% delas homens. O índice de ocorrências é maior entre as faixas etárias de 30 a 49 anos.
Os descuidos no manuseio de churrasqueiras, panelas sobre o fogão e velas são as principais causas dos acidentes que provocam as internações, diz Gustavo Feriani, supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria.
O médico detalha que a vítima deve ser internada quando, em casos de queimadura de segundo grau, tiver 20% do corpo queimado. Se a queimadura for de terceiro grau, a internação deve ocorrer se 5% do corpo for afetado.
Feriani diz ainda que não só as queimaduras são motivos de internação - a inalação de fumaça também é extremamente prejudicial. "Isso pode acontecer ao realizar atos cotidianos, como acender uma churrasqueira ou atear fogo ao lixo acumulado. A fumaça quente gerada pela queima do carvão ou materiais como o plástico, quando inalada em grande quantidade, pode queimar as vias respiratórias", explica.
De acordo com o levantamento da Secretaria, São Paulo e a região metropolitana registraram 62 mortes em 2011. Na região de Bauru, foram 15, e na de São José do Rio Preto, 13.
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