Reportagens do 'Estadão' sobre efeitos da pandemia nas crianças ganham prêmios de Jornalismo

Publicações falaram sobre o patamar de óbitos de crianças causados pela covid-19 e discutiram os efeitos do isolamento sobre a depressão infantil. Jornal também é finalista em quatro categorias do Prêmio CNT

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Por Redação
Atualização:

Reportagens publicadas pelo Estadão sobre o impacto da pandemia de covid-19 sobre as crianças foram reconhecidas com dois prêmios de Jornalismo na última semana. As produções falaram sobre o patamar de óbitos dos mais novos em decorrência da doença e como o contexto do isolamento tem afetado a depressão infantil. 

A reportagem "Brasil é o 2.º país com mais mortes de crianças por covid", publicada pelo Estadão em 7 de junho, ganhou o Prêmio de Comunicação da Fundação José Luiz Egydio Setúbal na categoria Texto. Foram mais de 180 trabalhos inscritos em cinco categorias profissionais e duas estudantis. O objetivo do prêmio é ampliar e qualificar o debate sobre a saúde da criança e do adolescente.

José Rivera viu o filho Bernardo, de três anos, sucumbir à covid-19 uma semana depois de testar positivo Foto: EPITACIO PESSOA/ESTADAO

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O texto assinado pelos repórteres Mariana Hallal e Bruno Luiz mostrou que o Brasil foi um dos países que mais perdeu crianças para a covid-19, ficando atrás apenas do Peru. O assunto também é marcado por desigualdades regionais e de raça: crianças negras morrem mais do que as brancas e a maior parte das vítimas é do Nordeste.

Especialistas já estavam alertando para a taxa elevada de mortalidade de crianças por covid-19 no País, mas ainda não havia nenhum estudo que mostrasse a situação do Brasil em um contexto internacional. A reportagem foi atrás desses dados e descobriu que a taxa de mortalidade no Brasil era 60 vezes mais alta do que na França ou no Reino Unido.

Apesar de as crianças serem menos vulneráveis à doença, a reportagem mostrou que os pais precisam ficar atentos aos sintomas dos filhos e devem buscar atendimento médico. A segunda reportagem da série apresentou os principais sinais da covid em crianças e orientou os responsáveis sobre o que fazer nesses casos.

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal também premiou jornalistas nas categorias Áudio (profissional e estudante), Vídeo, Iniciativas Digitais, Campanhas de Comunicação e Texto (estudante). Na categoria Texto (profissional) também concorriam os jornalistas Maiara Ribeiro da Silva, do Portal Dráuzio Varella, Pedro Borges do Nascimento, do site Alma Preta, Daniella Grinbergas Grohmann, da Revista Veja Saúde, e Fabiana Cambricoli, com reportagem publicada no Estadão.

Já a repórter Júlia Marques, do Estadão, venceu o 7° prêmio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) na categoria impresso. Intitulada Covid e isolamento criam alerta sobre depressão infantil, a reportagem vencedora mostra como a pandemia cria a tempestade perfeita para transtornos mentais entre os mais jovens. Centenas de trabalhos foram inscritos na premiação, voltada a reportagens que buscam desmistificar os transtornos mentais.

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Também foram premiados os jornalistas Nathan de Oliveira Santos, do Portal LeiaJá (online); Cléber Moletta Gomes, da Rádio Cultura Guarapuava/Jornal Brasil Hoje (rádio); e Fernando Pereira Castiglioni, do Fantástico/TV Globo (televisão).

Finalista

O Estadão também é finalista em quatro categorias do Prêmio CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Jornalismo, que destaca os principais trabalhos por sua relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade; qualidade editorial; criatividade/originalidade; e atualidade dos temas.

Na categoria Fotografia, Werther Santana é finalista com “Tecnologia antiviral deve sobreviver à covid-19”. Na categoria Impresso, Luciana Dyniewicz concorre com “Corrida pelo carro voador”. Entre os finalistas de Internet, Caio Sartori está na disputa com “Teleférico do Alemão, 10 anos depois”. Já na categoria Meio Ambiente e Transporte, a repórter Priscila Mengue concorre com a série “O que é preciso mudar para tornar as cidades mais sustentáveis”.

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