14 de dezembro de 2011 | 23h45
RIO - A dengue matou 137 pessoas no Estado do Rio de Janeiro neste ano, de acordo com balanço atualizado até o dia 10 e divulgado na quarta-feira, 14, pelo governo.
A cidade com maior casos é a capital, com 51 mortes, seguido por São Gonçalo (16), na Região Metropolitana, Duque de Caxias (9) e Nova Iguaçu (8), na Baixada Fluminense.
No Rio já foram registrados 74.232 casos da doença, a maioria deles na região de Campo Grande (zona oeste), onde ocorreram cerca de 14 mil infecções.
Em todo o Estado houve 165.794 registros de dengue em 2011. A incidência da doença variou ao longo do ano. O número mensal de casos cresceu de janeiro a abril, depois caiu de maio a setembro e, por fim, voltou a crescer a partir de outubro. O recorde foi registrado em abril (52.929).
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), a situação da cidade é mais grave do que a anunciada pelo Ministério da Saúde na semana passada. Segundo o governo federal, o Rio está em alerta de epidemia.
“Acho que o Rio deve ser classificado como cidade de alto risco de epidemia, e a população deve estar informada sobre isso”, disse ontem o prefeito. Na primeira semana de dezembro foram notificados 173 casos de dengue no município.
“Os números de dezembro estão baixos em comparação com a média anual, mas é o esperado para essa época do ano. Os meses de pico são março, abril e maio. Se cuidarmos agora, não haverá epidemia”, afirmou Paes.
Alerta. Segundo o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, o Ministério da Saúde classifica os municípios com base no Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti.
Cidades em situação de risco têm mais de 3,9% dos domicílios infestados. A situação de alerta ocorre quando o porcentual de casas infestadas fica entre 1% e 3,9%. O Rio de Janeiro tem 2%. “É um índice importante, mas não é o único. Quando somamos todas as informações coletadas na cidade, mantemos um alto risco para o Rio”, alertou o secretário Hans Dohmann.
Segundo ele, a partir do dia 20 de dezembro carros com fumacê (inseticida) vão circular pelas áreas mais críticas. “Esses fumacês só matam o mosquito. A solução é combater a larva do mosquito”, afirmou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.