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RJ avalia usar todo lote da vacina de Astrazeneca e aguardar produção para dar 2ª dose

Doses do imunizante podem ser aplicadas com até três meses de intervalo; medida não ocorrerá com vacinas Coronavac

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - A Secretaria Estadual de Saúde (SES) Rio de Janeiro avalia distribuir todas as doses da vacina AstraZeneca com a Universida de Oxford que serão recebidas neste sábado de uma única vez, já que a segunda dose pode ser dada em até três meses, quando o secretário de Saúde, Carlos Alberto Chaves, estima que o imunizante já esteja sendo produzido no Brasil. O mesmo não pode ser feito com a Coronavac, informa a SES, que precisa ter a segunda dose ministrada em até 21 dias. "Para saber se vão ser dadas todas as doses ou não, precisamos saber o volume que será destinado ao estado", esclareceu uma assessora da SES.

Vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford chegaram na sexta-feira Foto: Mauro Pimental/AFP

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Neste sábado, 23, o secretário se vai encontrar com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quando saberá quantas doses serão destinadas ao Estado. Segundo a secretaria, toda logística já está pronta para a distribuição da vacina. "A SES já está com toda a logística aérea e terrestre preparada para que as vacinas sejam disponibilizadas aos 92 municípios a partir da manhã da próxima segunda-feira (25/01)", informou. A Secretaria ressalta que a definição dos grupos prioritários para esta fase da vacinação será estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. O critério para distribuição das doses aos municípios é a base populacional, informou a SES.

Fiocruz já havia  recomendando que a vacina de Oxford/AstraZeneca fosse aplicada em dose única inicialmente, e não em duas como sugere o fabricante. A intenção é que se tenha mais imunizantes para vacinar um maior número de pessoas. O Ministério da Saúde, por outro lado, considera que a imunização deve seguir o que preconiza a Oxford/AstraZeneca.

Com o atraso no envio dos insumos da China, a Fiocruz adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca que serão produzidas no Brasil. A informação sobre a nova data está em ofício encaminhado na terça-feira, 19, ao Ministério Público Federal (MPF).

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