19 de janeiro de 2016 | 11h19
Com um número maior de visitantes nas praias e locais de água doce, algo que costuma ocorrer no verão, crescem também os acidentes com animais aquáticos, que podem causar ferimentos graves, inchaço, dor e até necrose nas vítimas. Apenas neste ano já há seis casos de pessoas que se machucaram em ferrões de bagres no litoral do Estado de São Paulo e a recomendação para não se envolver em acidentes é simples: evitar o contato com os animais.
"A recomendação geral é evitar o contato, porque todos esses bichos têm defesas. O bagre tem ferrão e o ouriço, espinhos. Eles já estão naquele habitat. A novidade somos nós e temos de ter respeito com eles", explica Vidal Haddad Júnior, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Além desses animais, arraias, águas-vivas, esponjas-do-mar, moreias e piranhas também representam perigo.
Ele explica que metade dos acidentes acontecem com ouriços. Outros 25% são causados por água-viva e caravelas e 25%, por peixes. Desses, 90% estão ligados a bagres."
Segundo o professor, os bagres não atacam as pessoas. É preciso ficar atento para não pisar ou encostar no animal. "Muitos acidentes acontecem na areia, quando o animal já está morto. Alguns são jogados de barcos por pescadores."
Haddad Júnior diz que a população já se acostumou a lidar com animais peçonhentos, mas que ainda há dificuldade quando ocorre um problema com um animal aquático. A tentativa de remover espinhos ou ferrões não deve ser feita em casa. "As pessoas devem procurar um médico imediatamente."
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