Sanitarista Gonzalo Vecina Neto estreia como colunista no 'Estado'

Ex-presidente da Anvisa e ex-secretário municipal de Saúde, médico vai publicar artigos quinzenalmente sobre gestão no setor em tempos de pandemia

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto estreará nesta segunda-feira, 27, como colunista quinzenal nas edições impressa e digital do Estado. Ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele vai escrever sobre temas relacionados à gestão em saúde e à pandemia do novo coronavírus

Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e novo colunista do 'Estado' Foto: Felipe Rau/ Estadão

PUBLICIDADE

"Estamos em um mundo em que, cada vez mais, a sociedade é que vai ter condição de tomar as decisões. Só que ela precisa ser informada para construir o projeto de sociedade que deseja", afirmou Vecina ao Estado. "Para isso, temos de falar abertamente sobre questões complexas. Estado, sociedade e saúde são complexos, e quero tratar disso."

Para ele, espaços de discussão, como o da coluna, são formas de difundir visões, que são ferramentas necessárias para o público definir as próprias opiniões. Na coluna de estreia, o médico vai apontar os fatores sociais, econômicos e políticos que teriam levado às milhares de mortes pela doença na Itália. A partir disso, discute os efeitos da pandemia no Brasil e reflete sobre o mundo "pós-covid-19".

Vecina é professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e da FGVSaúde. Também foi secretário municipal da Saúde na capital paulista.

Sobre o novo coronavírus, Vecina defende a necessidade de manter o isolamento social e diz que as circunstâncias trágicas da pandemia serão de responsabilidade do poder público. "Como foi o prefeito de Milão, chorando e pedindo desculpas, corremos o risco de isso acontecer aqui", aponta. "É uma desgraça grande, que não vivíamos há um século", acrescentou. 

"Neste momento, tenho certeza de que a sociedade se curva para a necessidade da saúde. As noites em que (as pessoas) saem batendo panela e, eventualmente, palmas paraprofissionais de saúde são um reconhecimento para essa necessidade", comentou Vecina.

Receba no seu email as principais notícias do dia sobre o coronavírus

Publicidade