Santos decreta epidemia de dengue

Com 450 casos, cidade dispensa exame sorológico para comprovar doença; São Vicente tem segunda morte e sobe para 7 o número de óbitos na Baixada

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

Atualizada às 20h30

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SOROCABA - A Secretaria de Saúde de Santos já confirmou 450 casos de dengue neste ano, o que configura epidemia da doença - a cidade já tem um caso para cada mil moradores. Em São Vicente, também na Baixada Santista, foi confirmada a segunda morte pela doença, elevando para sete os óbitos em decorrência da dengue na região. A cidade também vive uma epidemia, assim como o Guarujá.

Por causa da situação, Santos dispensou a necessidade de exame sorológico para comprovação de novos casos. A partir de agora, eles serão contabilizados com base no diagnóstico clínico do paciente.

Em São Vicente, a segunda vítima da dengue é uma jovem, de 19 anos, que morreu no dia 25 de março, mas só nesta segunda-feira, 20, foi divulgado o laudo do Instituto Adolfo Lutz confirmando a causa da morte. A dengue já causou quatro mortes em Santos e uma no Guarujá. Uma morte em Itanhaém aguarda confirmação por exames.

Tela cheia de mosquitos 'Aedes aegypti', que transmite a dengue e a febre zika Foto: Arnulfo Franco/AP

Hemorrágica. Uma jovem de 22 anos morreu na noite de domingo, 19, em Tambaú, região de Campinas, com suspeita de dengue hemorrágica. De acordo com a família, ela passou mal na madrugada de domingo e foi atendida no hospital da cidade. À tarde, voltou a passar mal e foi internada, mas não resistiu. A causa da morte, atestada como dengue hemorrágica pelo hospital, terá de ser confirmada por outros exames.

Em Sorocaba, a prefeitura recolheu 4 mil toneladas de possíveis criadouros da dengue em residências nos três últimos meses. O material, levado para um aterro de inertes, é submetido a tratamento químico para evitar o surgimento de focos. A cidade tem 42,3 mil casos da doença, 15 mortes confirmadas e outras 15 sob investigação. Os centros de monitoramento e unidades de saúde ficam abertos para dar conta do grande número de doentes que buscam atendimento.

Em Campinas, pacientes com sintomas de dengue aguardavam sentados no chão nas unidades de atendimento do município. Alguns doentes usaram redes sociais para reclamar da espera de mais de três horas sem lugar para sentar. A lotação nos postos de atendimento da cidade tem levado pacientes a se deslocar para unidades de saúde de cidades vizinhas, como Hortolândia, Valinhos e Sumaré. Campinas vive situação de epidemia, com 22,5 mil casos confirmados, quatro mortes com causa definida e cinco em investigação.

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Exército. Assim como na capital, a prefeitura de Sumaré vai receber apoio do Exército no combate ao mosquito transmissor. Os primeiros 15 soldados começam a atuar na próxima semana, dando suporte ao trabalho dos agentes de rua que visitam casas nos bairros mais críticos. A ação deve prosseguir até o final de maio. A cidade está em situação de epidemia, com 4.247 casos confirmados. 

Em Piracicaba, o número de casos de dengue subiu para 867, segundo boletim divulgado na sexta-feira, 346% a mais que no mesmo período do ano passado. A cidade está em estado de alerta, mas ainda não há epidemia, segundo a prefeitura.

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