Quem mora em São Paulo tem a chance de aproveitar a campanha de imunização contra o sarampo e a poliomielite para colocar a carteirinha de vacinação em dia. Desde 4 de abril, a Prefeitura da capital paulista intensificou esforços para que a população procure um dos postos de saúde e receba as vacinas. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas do município também contam com doses disponíveis contra covid-19 e gripe influenza.
A imunização contra o sarampo está disponível para crianças a partir de 6 meses e com menos de 5 anos. É recomendado o intervalo de 15 dias entre a vacina da covid-19 e a de sarampo para crianças de 5 a 11 anos. Também devem se proteger os profissionais da área da saúde e quem nasceu a partir de 1960.
Já a vacina contra a pólio é para as crianças com até 5 anos, além de viajantes, imigrantes e refugiados de países endêmicos ou em surto.
O universo de crianças aptas a tomar a vacina contra o sarampo é de 709.273. Com a campanha, a Prefeitura de São Paulo espera alcançar 95% desse contingente. Já os profissionais de saúde em atividade chegam a 585.913.
Nos próximos dias, Pedro Henrique, de 3 anos e 3 meses, vai ser levado pela mãe Ivonete da Cruz Ferreira até uma unidade de saúde para receber a imunização contra o sarampo e a poliomielite. “As vacinas previnem uma série de doenças, por isso os pais deveriam imunizar seus filhos. Fica aqui o meu alerta”, diz a moradora de Itaquera, na zona leste da cidade.
O sarampo voltou a preocupar as autoridades de saúde. Os últimos casos haviam sido registrados em 2015 no Brasil, o que garantiu ao País, em 2016, a certificação da eliminação do vírus endêmico. Em 2018 houve um novo surto, e 9.325 pessoas foram contaminadas. No ano seguinte, apenas no município de São Paulo, houve a confirmação de 9.347 casos e 5 óbitos. Em 2020, com a pandemia e as restrições à circulação, os números recuaram, com 454 notificações e um óbito. No ano passado, foram 7 casos confirmados e nenhuma morte.
Raquel Reis foi alertada por uma enfemeira da UBS de Veleiros, no bairro onde sua família vive, na zona sul da cidade, sobre os casos de sarampo, por isso pôde antecipar a dose da filha Olívia Reis Morais, de 11 meses, antes de a criança completar 1 ano.
“A vacina salva vidas, e é fundamental que todos sejam vacinados. Crescemos em uma cultura vacinal e damos muito valor a isso, sobretudo por ter acesso gratuito a vacinas que imunizam contra diversas doenças e nos dão qualidade de vida. Nós cuidamos da saúde da nossa filha de uma forma que ela possa viver até 100 anos com saúde, disposição e sem sequelas de doenças que podem ser evitadas”, conta Raquel, e acrescenta um recado para outros pais. “Vacinem seus filhos e regularizem as doses atrasadas. Nossa obrigação é resguardar a saúde de nossos filhos para que vivam bem, felizes e com saúde.”
Hellen Cristina Sousa de Oliveira está grávida de 31 semanas, já pensa em seguir essa orientação e se prepara para a rotina que terá como mãe. “Sei que é muito importante, por isso vou seguir direitinho o calendário para que meu filho Anthony receba todas as vacinas”, diz a moradora da Vila Carmosina, na zona leste.
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