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São Paulo tem novo recorde de mortes registradas por coronavírus em 24 horas

De acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta quarta-feira, 17, foram registradas 389 mortes pela doença. É o segundo recorde na semana. Total de óbitos é de 11.521. Estado tem 191.517 casos confirmados

Por Paloma Côtes , Bruno Ribeiro e Marina Aragão
Atualização:

São Paulo teve nesta quarta-feira, 17, um novo recorde de mortes registradas pelo novo coronavírus em 24 horas. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, foram 389 óbitos registrados neste período. É o segundo recorde de mortes nesta semana. Nesta terça, o Estado já havia tido um recorde, com 365 mortes registradas em 24 horas

Cemitério da Vila Formosa concentra grande parte dos enterros de vítimas da covid-19 em São Paulo Foto: Felipe Rau/Estadão

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Ainda de acordo com o balanço, em 24 horas, foram registrados 1.232 novos casos da doença. Com isso, o Estado totaliza 191.517 casos confirmados de covid-19. Mas o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, explicou que o número baixo de casos nesta quarta-feira é fruto de um problema no sistema que faz este registro. Nesta terça, o Estado teve também um recorde de casos registrados em 24 horas, 8.825. 

Projeções feitas pelo governo nesta semana indicam que o Estado pode ter até 18 mil mortes e até 290 mil casos da doença até o fim de junho. 

"O número que temos hoje (quarta-feira) está dentro desse cenário (de até 18 mil mortos), em seu limite inferior. Toda vida conta, mas a boa notícia é que nossa taxa de letalidade está caminhando para uma estabilização", disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, uma das gestoras à frente do Plano São Paulo, o programa do governo paulista que vem autorizando a retomada de atividades econômicas em diversas regiões do Estado em meio à pandemia.  "Nosso número de óbitos está no intervalo inferior das nossas projeções, que já foram revisadas para baixo", afirmou.

Segundo Patrícia, o número de novos casos confirmados está em alta, diferentemente do número de mortos, por causa do aumento das testagens no Estado, explicação que vem sendo reafirmada desde a semana passada por ela e outros membros do governo. 

A taxa de ocupação de leitos de UTI na Grande São Paulo é de 70,6%%. No Estado, esse índice em 77,1%. Ainda segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o Estado tem 5.257 pacientes internados em UTI e 8.423 em enfermaria, entre confirmados e suspeitos.

Plano São Paulo

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Havia expectativa, nesta quarta-feira, de que o Estado divulgasse a revisão semanal e a eventual reclassificação das cidades paulistas dentro dos critérios do Plano São Paulo (que qualificam uma região em cores e, dependendo da cor, autorizam ou não a retomada de atividades econômicas). Isso não ocorreu.

De acordo com Patrícia, os anúncios agora serão feitos às sextas-feiras e as novas regras passarão a valer na segunda-feira seguinte. A mudança, segundo ela, occoreu para que "nós (governo) tenhamos os números mais atualizados, a situação mais real para essa classificação", afirmou. "A gente fecha a avaliação na quinta-feira e anuncia na sexta-feira."

Patrícia voltou a afirmar que, se alguma região apresentar índices que indiquem maior avanço da doença, ações restritivas poderão ser adotadas antes desse tempo. Na semana passada, as regiões da Grande São Paulo, da Baixada Santista e de Registro (o Vale do Ribeira), que concentram 26% da população do Estado, migraram da classificação "vermelha" para a "laranja" e voltaram a reabrir comércios nesta segunda-feira, 15. Já s cidades das regiões de Barretos e Presidente Prudente, no interior do Estado de São Paulo, e também Ribeirão Preto, tiveram que adotar regras mais rígidas por causa do aumento de casos. Essas regiões migraram para a zona "vermelha", que só permite o funcionamento de serviços essenciais. A quarentena é válida em todo o Estado até o dia 28 de junho.

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