São Paulo terá mais um banco de pele e ossos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo inaugura hoje um banco para transplante de pele, ossos, vasos, tendões, nervos e cartilagens. Com 180 m2 divididos em dez salas, a nova ala deve atender outros hospitais do Estado e do País. Vítimas de queimaduras, acidentes de trânsito, câncer ósseo e diversas outras doenças serão beneficiadas com o banco, que teve investimento de R$ 120 mil. Até agora, apenas o Hospital das Clínicas de São Paulo mantinha um banco de peles funcionando. "Há uma grande demanda reprimida, já que pouquíssimas instituições no Brasil têm condições de fazer esses tipos de transplantes. Exigem conhecimento técnico avançado e, por isso, não são corriqueiros", explica Gino Arrunategui, médico do serviço de cirurgia plástica e queimaduras no HSPE. Agora, acredita o médico, o aumento da oferta vai provocar o crescimento da solicitação de transplantes: "À medida que conseguimos oferecer um serviço melhor, surgem novas utilizações. Quanto mais os transplantes estiverem popularizados, melhor. As chances de cura, de um melhor resultado, são muito maiores". Além do benefício direto do enxerto, esse tipo de transplante propicia redução do tempo de internação e facilita a recuperação do paciente. "São partes do corpo que exigem tratamento, controle de qualidade e cuidados na armazenagem. Daí a importância de um banco especializado", diz o médico. A nova ala do HSPE permitirá captação, preparo e estocagem de tecido músculo-esquelético. O projeto seguiu padrões internacionais e funcionará de acordo com as normas técnicas exigidas pelo Sistema Nacional de Transplantes. E, para que um número maior de pacientes possa ser beneficiado, o cirurgião esclarece: a retirada dos órgãos e tecidos não altera a aparência do doador. "São retirados de áreas que não ficam expostas."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.