São Paulo ultrapassa 280 mil casos confirmados do novo coronavírus

Balanço mostra que Estado tem 281.380 casos confirmados e 14.763 mortes por covid-19

PUBLICIDADE

Por Paloma Côtes e Marina Aragão
Atualização:

São Paulo ultrapassou nesta terça-feira, 30, a marca de 280 mil casos confirmados do novo coronavírus. Balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que são 281.380 casos confirmados da doença, sendo 6.235 deles registrados na últimas 24 horas. O Estado tem 14.763 óbitos pela covid-19, sendo 365 registrados também nas últimas 24 horas.  

PUBLICIDADE

De acordo com o governo do Estado, o número está abaixo de projeções feitas para o mês de junho. O número atualizado para o final do mês será divulgado nesta quarta. A projeção era de 290 mil casos até o final do mês e até 18 mil mortes.

"Amanhã se encerra o mês e vamos ter o fechamento dos dados de junho. Mas eu queria reforçar que a previsão que nós tínhamos dos óbitos está absolutamente dentro do esperado. Provavelmente os casos que vamos acrescentar até amanhã, nós vamos ficar abaixo dos 15 mil. Esses óbitos estão sendo controlados e monitorados diariamente", afirmou João Gabbardo, que também é membro do Centro de Contigência contra a doença em São Paulo. 

Funcionários vestidos com roupas de proteção fazem o sepultamento de vítimas do novo coronavírus no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste da capital paulista Foto: Werther Santana/Estadão

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 66% na Grande São Paulo e de 64,6% no Estado. De acordo com o balanço, há 5.452 pessoas internadas em leitos de UTI e outras 7.940 em leitos de enfermaria, entre casos confirmados e suspeitos. 

O avanço da doença se dá no interior do Estado, que já concentra mais de 30% dos casos confirmados, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. "Os casos começam a ficar mais consistentes na proporção capital-interior, antes era 15%, hoje é de 33,3% dos casos no Estado. Tivemos uma alta no número de internações e óbitos, por isso é fundamental o aumento no número de leitos", afirmou. 

Diversas regiões do interior do Estado estão na fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva da quarentena e que só permite o funcionamento de serviços essenciais. São elas: Araraquara, Franca, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro e Piracicaba. Algumas cidades, como Campinas, por exemplo, decidiram regredir de fase diante do avanço da doença. Reportagem do Estadão mostra que pacientes de covid-19 que precisam de internação no interior do Estado já têm sido transferidos para hospitais da cidade de São Paulo. 

Apesar de uma estabilização, de acordo com o Estado, no número de internações, a situação no interior preocupa. "Eu queria destacar Ribeirão Preto, com 82% de taxa de ocupação de leitos na regional, e a cidade com 86% de ocupação nos últimos sete dias. Temos Presidente Prudente, onde houve um crescimento específico. Além disso, temos o caso de Bauru, que acabou tendo uma demanda muito maior, com uma ocupação de 82% nos últimos sete dias. A região de Franca teve um crescimento de internações", afirmou Patrícia Ellen da Silva, secretária de Desenvolvimento Econômico.

Publicidade

 

A taxa de isolamento na segunda-feira, 29, foi de 47% na capital e de 46% no Estado. 

Multas por falta de uso de máscara

Nesta quarta, 1º, começa no Estado a fiscalização sobre o uso de máscaras, que já são de uso obrigatório. De acordo com o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, neste primeiro dia haverá uma ação educativa e, na quinta, começam a ser aplicadas as multas. "Amanhã será educativo e orientativo, não serão aplicadas multas. Nesse sentido, teremos a distribuição de máscaras e faremos essa blitz para passar no próximo dia para a blitz de outra natureza", disse Germann.

Quem estiver sem máscara em locais públicos terá de pagar multa de R$ 500. Já estabelecimentos comerciais que permitirem pessoas sem o equipamento de proteção em seu interior serão multados em R$ 5.000 por pessoa sem máscara. A fiscalização da regra será feita pela Vigilância Sanitária estadual e pelas vigilâncias sanitárias municipais. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.