Saúde insere pessoas vivendo com HIV em grupo prioritário da vacinação contra a covid-19

Segundo nota técnica, a indicação é vacinar este grupo após encerrar a vacinação de pessoas de 60 a 64 anos. Pasta diz que medida segue 'novas evidências científicas' que apontam riscos

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Por Mateus Vargas e Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde inseriu nesta segunda-feira, 29, pessoas vivendo com o HIV, de 18 a 59 anos, a lista de priorização da vacinação contra a covid-19. Segundo nota técnica, a indicação é vacinar este grupo após encerrar a vacinação de pessoas de 60 a 64 anos. 

A Saúde afirma, no documento, que a intenção é "reduzir o impacto da pandemia nesse grupo, especialmente em relação ao risco de hospitalização e óbito, e respeitar o conceito de equidade do Sistema Único de Saúde (SUS)". O ministério também diz que a medida segue "novas evidências científicas" que apontam riscos de "desfechos negativos da covid-19" neste grupo.

Funcionário do Instituto Butantan fecha uma caixa com doses da Coronavac Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

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As pessoas que vivem com HIV devem receber as doses na mesma etapa em que serão contemplados quem apresenta comorbidades, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Trata-se do maior grupo de risco do plano de imunização, com cerca de 18 milhões de pessoas. Na nota técnica, a Saúde não estima quantas pessoas devem entrar neste grupo após a atualização do plano de vacinação. No total, as listas de prioridade -- ainda sem esta mudança -- somam cerca de 77,3 milhões de indivíduos.

O ministério também afirma que pessoas com HIV, maiores de 60 anos, já estão contempladas na priorização por faixa etária no plano. Prefeitos e governadores podem traçar planos próprios, mas há um acordo entre o ministério e conselhos que representam secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) para que seja seguido o plano nacional de vacinação. 

Segundo a Saúde, serão considerados na lista de prioridades todos os indivíduos que vivem com HIV, de 18 a 59 anos, independente da contagem de linfócitos T-CD4+.  "O início da vacinação para este grupo será informado por meio do Programa Nacional de Imunizações", afirma a nota técnica.

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