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Saúde suspende bônus e servidores invadem evento com secretário em SP

Dinheiro referente a prêmio para trabalhadores foi retirado da conta de 17 mil funcionários

Foto do author Fabiana Cambricoli
Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

Atualizado às 17h.

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Um grupo de cerca de 30 trabalhadores da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo invadiu o auditório da pasta durante uma coletiva de imprensa do secretário David Uip, na manhã desta quarta-feira, 28. Uip, que havia se comprometido a conversar com os manifestantes após o evento, saiu no meio da entrevista, sem falar com os manifestantes.

A revolta foi causada pela suspensão do pagamento de um reajuste no prêmio incentivo prometido pela secretaria para todos os funcionários. "O prêmio de incentivo seria pago para os servidores administrativos e técnicos no dia 23. Ele apareceu no nosso extrato no dia 22, apareceu no nosso holerite, teve desconto do imposto de renda, e quando foi no dia 23, ele foi tirado da conta", diz Emerson Trindade, diretor de organização do SindSaúde-SP e um dos participantes da invasão.

Antes da invasão dos manifestantes, o secretário havia respondido aos jornalistas sobre o tema, já que os manifestantes já protestavam do lado de fora da secretaria. "Essa suspensão ocorreu, de fato", disse ele.

O secretário afirmou que os 55 mil servidores técnicos, como enfermeiros, psicólogos, receberam o prêmio. Já o pagamento para os cerca de 17 mil funcionários administrativos, como recepcionistas e motoristas, foi suspenso após uma reavaliação do setor de finanças do governo. Agora, a secretaria estuda incorporar esse incremento no próprio salário e não como adicional. A pasta diz que "está acertando os últimos detalhes burocráticos e técnicos para efetivação total da folha de pagamento dos funcionários administrativos", mas não deu uma estimativa de quando o dinheiro será repassado aos servidores.

Por causa da suspensão, os trabalhadores iniciaram uma paralisação em algumas unidades de saúde na terça-feira e prometem ampliar a greve na próxima segunda-feira, 2. "No dia 12 de junho, na abertura da Copa, faremos um grande ato", disse Trindade.

A secretaria afirmou que Uip não recebeu os manifestantes por eles terem descumprido o acordo de esperar o término do evento. A pasta disse ainda que "lamenta a postura agressiva do SindSaúde-SP".

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