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Secretário de Guedes se desculpa por dizer que probabilidade de 2ª onda de covid-19 era baixa

Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que não deveria ter se pronunciado sobre tema fora de sua área

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast) e BRASÍLIA
Atualização:

Depois de ter dito em novembro que a probabilidade de uma segunda onda de contaminações pela covid-19 era “baixa” porque vários Estados do País estavam caminhando para a “imunidade de rebanho”, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, pediu desculpas nesta sexta-feira, 8, por ter tocado no tema.

Adolfo Sachsida pediu desculpas por minimizar possibilidade de segunda onda de contaminações no Brasil Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Em evento virtual promovido pelo site Jota, ele disse que essa é uma questão epidemiológica e não deveria ter sido tratada por ele. “Não deveria ter me pronunciado sobre segunda onda. Não é a área da SPE, não faz sentido eu me pronunciar sobre isso, aproveito e peço desculpas”, afirmou. “Foi um erro meu ter falado sobre segunda onda, aproveito a oportunidade para me desculpar”.

A declaração sobre a baixa probabilidade de uma segunda onda foi dada pelo secretário no dia 17 de novembro, quando o Brasil registrava média móvel de mortos por coronavírus de 557, uma elevação de 45% em relação aos 14 dias anteriores. “Os estudos que temos mostram que muitos Estados atingiram ou estão muito próximos de atingir a imunidade de rebanho. Honestamente, acho baixa a probabilidade de segunda onda no Brasil", respondeu Sachsida, na época.

Responsável pelas projeções do ministério de Paulo Guedes, Sachsida chegou a dizer que estados como Roraima e Amazonas estariam próximos à imunidade de rebanho e creditou os dados às análises de “dois PHDs” (pós doutorado) da secretaria.

Ontem, o Brasil ultrapassou 200 mil mortes pelo coronavírus e a média móvel de óbitos chegou a 741, alta de 7% em relação a 14 dias antes, de acordo com dados do consórcio de imprensa formado para compilar informações sobre a pandemia. Em Roraima, o número de mortes subiu 500% e, no Amazonas, 164% até ontem.

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