05 de agosto de 2014 | 14h37
O segundo norte-americano infectado com Ebola na Libéria chegou ao Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, nesta terça-feira, 5, para ser tratado em uma unidade de isolamento especial.
Na Libéria, Nancy Writebol, de 59 anos, esteve trabalhando em uma clínica de tratamento contra Ebola gerenciada por uma organização cristã. Ela voou em um avião equipado com instrumentos médicos da África até a Base Aérea de Dobbins, na Georgia. Ao chegar aos EUA, uma ambulância isolada a levou, escoltada pela polícia, pelas ruas mais movimentadas da cidade.
A norte-americana está em condição estável. Ela foi capaz de comer alimentos leves, tomar uma sopa de batatas e café no domingo, de acordo com a instituição de caridade pela qual ela foi enviada à África. Seu marido, David Writebol, deve chegar a Atlanta daqui a alguns dias. Ele não foi infectado pelo Ebola.
O Hospital da Universidade de Emory possui uma ala especialmente construída para isolamento, separada do resto dos pacientes, e uma equipe preparada para lidar com doenças infecciosas mortais. A unidade já tratou pacientes diagnosticados com SARS, vírus que se espalhou por diversos países em 2003.
Nancy Writebol estará na sala de tratamento junto ao doutor Brantly, de 33 anos, que também foi infectado pelo Ebola no mesmo centro em que ela trabalhava na Libéria. Segundo a instituição de caridade que o enviou para a África, as condições de saúde do paciente têm melhorado.
Os dois infectados norte-americanos foram tratados na Libéria com uma droga experimental chamada ZMapp, que ainda não havia sido testada em humanos. De acordo com o Instituto Nacional para Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano, ainda é muito cedo para saber se os resultados são positivos.
O Ebola é uma doença mortal que tem se espalhado pela região Oeste da África, na Libéria, na Guinéa e em Serra Leoa. Este é considerado o maior surto do vírus da história.
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