
16 de junho de 2008 | 19h28
A mortalidade infantil caiu 14% nos últimos 25 anos na África Subsaariana, a região do planeta onde uma criança tem menos chances de sobreviver, segundo o relatório O Estado da Infância na África, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As deficiências nos sistemas de saúde e a desnutrição são as principais causas da alta taxa de mortalidade infantil no continente africano, onde a cada dia morrem 14 mil crianças. Uma em cada seis crianças morre antes de completar cinco anos de idade, diz o documento apresentado nesta segunda-feira, 16, em Madri. Segundo a diretora-executiva do Comitê Espanhol do Unicef, Paloma Escudero, o relatório ressalta a importância de se investir em sistemas de integração de saúde locais com o objetivo de "conseguir que o acesso à saúde não seja um luxo, mas chegue a todos os cidadãos da África". Em sua opinião, apesar de os US$ 10 bilhões que teriam de ser destinados ao tratamento de quatro milhões de crianças africanas em risco de morte parecer muito, na verdade "não é nada" comparado com o "trilhão de dólares investido pelos Estados Unidos e pelo Banco Central Europeu (BCE) para atenuar a crise financeira". O assessor especial para o secretário-geral das Nações Unidas na luta contra a malária, Alan Court, citou como outros problemas que dificultam a sobrevivência dos jovens na África os conflitos e as guerras e, sobretudo, a crise dos alimentos. "A inflação no preço dos alimentos e o menor gasto familiar para poder comer atingirá mais as crianças e causará problemas de desnutrição", completou.
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