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Seis em cada dez brasileiros são sedentários, mostra pesquisa

Pnad 2015 mostrou que 100,5 milhões não praticam nenhuma atividade; porcentual é maior entre mulheres e negros

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Seis em cada dez brasileiros acima de 15 anos não praticam esporte nem nenhuma atividade física, o que significa que o País tem 100,5 milhões de sedentários. A conclusão é de um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, que pela primeira vez levantou dados sobre o assunto. 

Os números mostram que apenas 37,9% da população de mais de 15 anos tem algum tipo de hábito desportivo Foto: Sergio Castro/Estadão

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Os números mostram que apenas 37,9% da população de mais de 15 anos tem algum tipo de hábito desportivo. O porcentual chega a 42,7% entre homens e fica em 33,4% entre mulheres. A faixa etária mais ativa é a de 15-17 anos (53,6% responderam que se engajam em alguma atividade). As regiões menos sedentárias são o Centro-Oeste (41,1%) e o Sul (40,8%). 

As classes mais instruídas e com melhores salários e as pessoas de cor branca são as que mais se exercitam, conclui a pesquisa. As principais motivações declaradas pelos praticantes de esportes foram: o desejo de relaxar/divertir-se (28,9% dos entrevistados); melhorar a qualidade de vida ou o bem estar (26,8%); e aprimorar ou manter o desempenho físico (19,9). 

O esporte mais praticado, segundo o levantamento, é o futebol (39,3% dos brasileiros disseram jogar bola), seguido da caminhada (24,6%). Os locais de prática de esporte mais apontados foram as instalações esportivas pagas (33,7%). A frequência mais mencionada foi quatro vezes por semana ou mais (resposta de 26,3% dos que praticam esporte).

Já os sedentários deram justificativas como a falta de tempo (38,2% dos pesquisados), não gostarem de exercícios (35%) e terem problemas de saúde impeditivos ou idade avançada (19%). 

O suplemento investigou os hábitos das pessoas em seu tempo livre. A pergunta se referiu ao hábito de fazer atividades físicas e/ou esportes entre setembro de 2014 e setembro de 2015. Não foi estabelecida diferenciação entre as duas práticas – os entrevistados é que assim as classificaram. Os pesquisadores indagaram sobre o tipo de atividade feita, a motivação, o local usado para tal, a frequência, a duração e a participação em competições. 

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