Brasil já toma medidas preventivas em relação ao coronavírus

Governo federal já notificou a área de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa sobre as medidas de prevenção ao vírus

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O governo federal já notificou a área de portos, aeroportos e fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as medidas de prevenção à entrada do coronavírus no País. A doença já causou 17 mortes na China e foi confirmado o primeiro caso nos Estados Unidos, em um viajante vindo do país asiático. A área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde também foram notificadas para seguir as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A maior parte dos pacientes infectados pelo coronavírus está internada no Hospital Jinyintan, em Wuhan, na China Foto: Reuters

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As recomendações que foram repassadas às áreas de vigilância sanitária de aeroportos, portos e fronteiras incluem a revisão dos fluxos de investigação de casos identificados nesses pontos de entrada no Brasil – hospital de referência para encaminhamento, investigação de contatos com outras pessoas, por exemplo. Abrange também a revisão da capacidade instalada de primers e testes diagnósticos para investigação e descarte de agentes etiológicos respiratórios conhecidos.

Conforme o Ministério da Saúde, as medidas de prevenção estão sendo revistas principalmente nos principais aeroportos de conexão proveniente da China para avaliação de riscos. Entre eles estão os aeroportos internacionais de São Paulo (Guarulhos), Rio de Janeiro, Brasília e Campinas (Viracopos). Assim como os aeroportos e postos de fronteira, as redes estaduais e municipais de saúde foram notificadas para considerar a hipótese do coronavírus em caso de pacientes com sintomas.

Conforme a pasta, são recomendadas cautelas para se evitar medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias. A nota acentua que, até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil de pneumonia indeterminada relacionado ao evento da China.

"A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019", declarou o ministério. "As informações disponíveis até o momento são limitadas para determinar risco geral de surto relacionado à doença. Os casos estão restritos a trabalhadores ou visitantes de um mercado atacadista de peixes e animais vivos na cidade Wuhan, na China."

O ministério informou, em nota, que está monitorando a situação e, assim que houver definição da situação de emergência pela OMS, a pasta tomará as medidas cabíveis e passará novas orientações, assim que forem definidas. 

Sintomas

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Os sintomas iniciais que devem ser considerados como caso suspeito de pneumonia indeterminada são febre alta (acima de 38 graus), tosse ou dificuldade de respirar, uma ou mais das seguintes exposições durante os dez dias anteriores ao início dos sintomas: contato próximo com uma pessoa que seja suspeita ou provável caso da pneumonia identificada na China, e histórico de viagens para uma área com transmissão local recente da pneumonia.

Entre as orientações estão: 

  • evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  • evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas e criações.

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