PUBLICIDADE

Sem citar EUA, Mandetta critica intervenções nas compras da China

É preciso ter um mínimo de racionalidade', diz ministro da Saúde

Foto do author André Borges
Foto do author Julia Lindner
Por André Borges e Julia Lindner
Atualização:

Brasília – Sem mencionar nominalmente os Estados Unidos, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez duras críticas à postura do governo americano, que tem atuado para concentrar todas as compras de insumos emergenciais produzidos pela China, deixando o Brasil e demais países desassistidos, mesmo após terem efetuado suas compras para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

“Estamos vendo retenção sobre produções globais de máscaras. Quase que uma coisa assim: ‘isso era global, agora é só pra atender o meu país’. Nós estamos dialogando com os países no sentido de ter um mínimo de racionalidade nesse momento, para podermos achar um ponto de equilíbrio”, disse Mandetta.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto para falar sobre a situação do novo coronavírus no País. Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

O ministro ponderou que a China permaneceu fechada durante fevereiro e março com seus insumos, para atender o mercado interno, mas isso gerou um problema em todo mundo, já que os chineses são responsáveis por mais de 90% da produção mundial desses equipamentos e insumos de proteção. O problema, no entanto, é que o presidente Donald Trump tem atuado para que os insumos sejam todos direcionados aos Estados Unidos.

“O momento continua difícil em termos de abastecimento de sopradores. Nós não confirmamos hoje o que vai entrar de respiradores e material”, comentou Mandetta, ao citar que a Bahia esperava a chegada de 680 sopradores, o que não ocorreu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.