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Senado aprova convite para presidente da Anvisa explicar imunização contra covid-19

Também foram convidados técnicos do órgão regulador e do Ministério da Saúde

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Por Marlla Sabino
Atualização:

BRASÍLIA - O plenário do Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira, 10, convite para o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, prestar informações sobre a imunização contra a covid-19. Também foram convidados técnicos do órgão regulador e do Ministério da Saúde

Autora do requerimento, a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) destacou que dados disponibilizados pelo consórcio de imprensa indicam que a imunização contra a doença do País só alcançaria cerca de 70% da população apenas em 2024 e, por isso, é necessário que medidas efetivas sejam tomadas.

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado

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"Diante desse quadro preocupante e de perspectivas desanimadoras, preciso buscar soluções e, também, explicações das autoridades sanitárias, para que os diagnósticos corretos sejam feitos e, assim, medidas efetivas sejam tomadas", argumentou. 

A parlamentar afirmou que a estrutura governamental tem se movido de forma "lenta" e citou decisões da Anvisa e do Ministério da Saúde sobre a campanha de vacinação. "Contudo, o mais importante ainda é a falta de vacinas em quantidade adequada, que não tem atendido sequer aos grupos de maior risco", escreveu. 

No documento, a senadora afirma que o Congresso tem se empenhado para aprovar medidas que contribuam para a imunização da população e cita a aprovação da Medida Provisória 1.003, que trata sobre o tema. Parte do texto, no entanto, não foi bem aceito por Barra Torres. 

O presidente da Anvisa se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na manhã dessa segunda-feira, 10, para pedir que vete trecho da medida que prevê prazo de cinco dias para que a agência aprove o uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Ao deixar a reunião, ele advertiu que a regra "extingue a capacidade da Anvisa de se manifestar em termo de análise."

O trecho da MP aprovada não fala em análise, apenas determina que, nesses cinco dias, a agência deverá "conceder autorização temporária" para uso de qualquer imunizante que já tenha sido aprovado por alguma das nove agências regulatórias de outros países listadas na norma.

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"No meio de pandemia, não é razoável que a agência que trata da segurança sanitária seja impedida por uma lei de exercer sua missão", disse. Ele destacou ainda que esse prazo é "irreal" e que permitirá apenas a emissão de um relatório parcial dos documentos apresentados. 

Nesta quinta-feira, 11, os senadores realizaram audiência pública  com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir as dificuldades enfrentadas pelo País para imunizar a população e sobre medidas adotadas pela pasta para promover a vacinação em todo território nacional. A sessão está marcada para às 15h.