
27 de agosto de 2013 | 14h33
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) decidiu, em assembleia realizada na noite dessa segunda-feira, 26, por unanimidade, denunciar ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe) os tutores do curso que está sendo ministrado aos médicos estrangeiros sobre língua portuguesa e sistema de saúde brasileiro.
A denúncia será feita ainda nesta semana sob a alegação de descumprimento do artigo 49 do Código de Ética Médica, que estabelece que o profissional não deve se posicionar contra um movimento legítimo da categoria. Os médicos pernambucanos decidiram não fazer paralisação contra a vinda dos estrangeiros, mas continuam defendendo o exame Revalida para que eles possam atuar no Brasil.
"A postura do sindicato é lamentável e coercitiva", afirmou Rodrigo Cariri, que, ao lado de Paulo Santana, é tutor do curso que está sendo realizado na Faculdade Miguel Arraes, no município metropolitano de Vitória de Santo Antão. A faculdade, privada, fez convênio com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para a cessão de salas para os primeiros 115 estrangeiros - 96 deles cubanos - que chegaram a Pernambuco.
"Um conselho profissional não pode se colocar acima da lei e dos interesses da República", observou Cariri, ao lembrar que a presidente da República editou Medida Provisória sobre o assunto. "Não podemos ser punidos por cumprir a lei".
"Não estamos traindo a categoria", acrescentou, ao lembrar que é professor e como tal assumiu a tutoria do curso.
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