Sobem para 226 casos de gripe nos EUA; Colômbia tem 1º caso

Confirmação na Colômbia é a primeira na América do Sul; México acredita que situação está se estabilizando

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Por Redação
Atualização:

As autoridades dos Estados Unidos informaram que subiu para de 160 para 226 os casos confirmados de gripe suína no país. Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), foram registrados casos do vírus influenza A (H1N1) em 30 Estados; antes esse número estava em 21. Neste domingo, 3, a Colômbia também informou o registro do primeiro caso da doença no país. Este é também o primeiro caso registrado na América do Sul.

 

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Em Bogotá, o ministro da Proteção Social colombiano, Diego Palacio, disse que o país está observando 108 casos suspeitos da gripe H1N1. "A pessoa a quem pertence a amostra positiva é um paciente que, como muitos outros pacientes que tiveram contato com o vírus, está em boas condições, e se encontra no momento em sua casa em companhia de seus familiares", disse.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu que seja intensificada a supervisão em relação ao contágio da doença tanto em humanos quanto em animais. O comunicado veio após a informação de que um novo tipo do vírus poderia ter infectado porcos no Canadá, informou Ben Embarek, especialista de Segurança Alimentar do órgão. Ele avisou, no entanto, que não foi emitido nenhum alerta para o sacrifício de animais por causa da doença. Segundo Embarek, o consumo de carne suína e derivados bem cozidos são seguros para consumo.

 

Funcionários da vigilância sanitária canadenses disseram que uma pessoa vinda do México infectou sua família e uma criação de porcos no país. Os animais foram colocados em quarentena, e as autoridades afirmam que o caso não afetou a fornecimento de alimentos. A OMS afirmou que ainda esperava o resultado das análises do local para confirmar a infecção.

 

No México, onde a doença teria surgido, o número de mortos se manteve estável em 19. Já o número confirmados de infectados subiu para 487, informou o ministro da Saúde mexicano, José Ángel Córdova. O governo se queixa de que vários cidadãos mexicanos no exterior estão sendo maltratados, especialmente na China onde cerca de 50 pessoas foram colocadas em isolamento por temores de contaminação. As autoridades também criticaram a decisão de países como a Argentina, Cuba, Equador e Peru de proibir voos do país.

 

As autoridades mexicanas disseram acreditar que a situação está se estabilizando, com menos pacientes apresentando sintomas severos nos hospitais. "A evolução da epidemia está agora em sua fase de declínio", disse Córdova em uma entrevista coletiva na Cidade do México.

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Europa

 

O Ministério da Saúde italiano confirmou o segundo caso de gripe suína na Itália, depois que no sábado foi anunciado que a primeira pessoa contagiada já está recuperada. Trata-se de um jovem de 25 anos, vindo do México, que se encontra "bem", após ser tratado com antivirais, e que está atualmente isolado em casa com a companheira sob tratamento profilático, em Roma.

 

Na Espanha, apesar dos 13 casos até agora confirmados pela OMS, o governo aumentou o número de casos confirmados da gripe. Agora são 40 os doentes no país. Além disso, o Ministério de Saúde espanhol baixou de 99 para 83 os casos suspeitos. "Trinta e quatro pacientes, dos 40 confirmados até o momento, já receberam alta e estão em suas casas", afirmou o ministério em nota. "Todos os casos apresentaram quadro clínico leve e uma resposta favorável ao tratamento".

 

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Cientistas ainda tentam avaliar como se comporta o novo vírus e o comparam com os surtos de gripe sazonais que provocam entre 250.000 e 500.000 mortes em todo mundo a cada ano. Segundo a OMS, foram confirmados ao todo 787 casos da doença em 17 países do mundo. Apenas uma morte ocorreu fora do México, no Estado americano do Texas.  

Os países com casos confirmados pela OMS, são: Áustria, Estados Unidos, México, Canadá, Hong Kong, Costa Rica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Espanha, Suíça e Reino Unido. A informação de casos passada pelos governos da Colômbia e da Itália ainda não foi confirmada pela OMS.

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