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Soldados atiram em manifestantes em protesto na Libéria

Exército usou munição real e gás lacrimogêneo para impedir que multidão rompesse quarentena contra Ebola; há ao menos 4 feridos

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Por Redação
Atualização:

Atualizado às 11h30

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MONRÓVIA - Soldados liberianos atiraram com munição real e lançaram gás lacrimogêneo nesta quarta-feira, 27, contra uma multidão que tentava romper uma quarentena imposta a um bairro da capital, Monróvia, por causa da epidemia de Ebola, que já matou 1.427 pessoas na África Ocidental.

No extenso bairro pobre de West Point, em Monróvia, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos confrontos com as forças de segurança, disseram testemunhas. Não ficou claro se alguém ficou ferido pelos tiros, mas um fotógrafo da Reuters viu um garoto com uma perna gravemente machucada, acima do tornozelo. 

Um porta-voz do Exército disse que os soldados "não atiraram em cidadãos pacíficos" Foto: Abbas Dulleh/AP

Autoridades liberianas impuseram um toque de recolher no país na terça-feira e a quarentena no bairro de West Point para conter a disseminação da doença.

"Os soldados estão usando munição real", disse um porta-voz do Exército, Dessaline Allison."Os soldados adotaram nesse caso as normas de ação. Eles não atiraram em cidadãos pacíficos", acrescentou. "Haverá relatórios médicos sobre se os ferimentos foram causados por tiros."

Ainda lutando para se recuperar da devastadora guerra civil de 1989 a 2003, a Libéria registrou 95 mortes por Ebola desde 18 de agosto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Air France. Por pedido do governo francês, a companhia aérea Air France anunciou nesta quarta-feira que suspendeu temporariamente os voos para a capital de Serra Leoa, Freetown. A decisão é uma medida preventiva para evitar infecção pelo vírus Ebola. O país africano já registrou 392 mortes entre 910 casos da doença.
Em sua primeira reunião após a remodelação, o governo pediu aos residentes franceses cuja presença não é indispensável que abandonem os países atingidos pela doença. Para aqueles que tinham planos de viagem para a região, foi pedido que se reprogramem para outra data futura.
"Tendo em conta a evolução da epidemia e a situação dos sistemas de saúde, os poderes públicos recomendam à Air France a suspensão temporária do serviço a Freetown", afirmou um comunicado emitido após uma reunião do Conselho de Ministros.
A Air France é uma das poucas companhias aéreas que permanecem voando a Freetown três vezes por semana. Sindicatos de funcionários já haviam solicitado a suspensão por receio de contágio. A companhia tomava medidas de prevenção como examinar passageiros com febre no momento do embarque.
Voos para Guiné e Nigéria estão mantidos em função do estado sanitário desses países. A França conta com 3 mil cidadãos em Guiné e outra centena na Libéria e em Serra Leoa./AFP, EFE E REUTERS 

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