19 de novembro de 2010 | 15h02
Detalhe de imagem do coemta feita pela sonda, com os jatos de gás e gelo. Divulgação/Nasa
Uma sonda da Nasa se viu em meio a uma inesperada tempestade cósmica de gelo durante uma passagem recente por um cometa, mas escapou ilesa, informou a agência espacial na quinta-feira, 18.
A uma velocidade de mais de 40.000 km/h, a Deep Impact passou a 700 km do cometa Hartley 2 em 4 de novembro. Esta foi a quinta vez em que um cometa foi observado de perto.
Novas imagens da passagem revelam uma nevasca que manchas brancas cercando o cometa.
"Não são estrelas. São pedaços de gelo", disse o pesquisador Michael A'Hearn, da Universidade de Maryland.
A nuvem de gelo cercando Hartley 2 era impulsionada por jatos de dióxido de carbono emitidos do interior do cometa, disseram cientistas. à medida que o gás era expelido, carregava consigo toneladas de gelo, indo do tamanho de bolas de golfe ao de bolas de basquete.
Embora a Deep Impact estivesse a uma distância segura, ela aparentemente foi atingida nove vezes por partículas de gelo com menos massa que um floco de neve. A sonda não sofreu danos, disse o gerente do projeto, Tim Larson, do laboratório de Propulsão a Jato.
Cometas são considerados cápsulas de tempo do Sistema Solar, sobras congeladas do tempo de sua formação, há 4,5 bilhões de anos.
A tempestade produzida por jatos de CO2 surpreendeu os cientistas, que disseram que o evento pode mudar o pensamento a respeito desses corpos celestes.
Segundo o astrônomo David Jewitt, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, o dióxido de carbono não era visto como um fator importante na atividade dos cometas.
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