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SP e RJ concentrarão 40% dos casos de câncer previstos para o País em 2014

Envelhecimento e estilo de vida nos grandes centros urbanos favorecem o aparecimento da doença, diz especialista

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

Os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro deverão concentrar 40% dos casos de câncer previstos para este ano no País, aponta levantamento feito pelo Estado com base em dados divulgados nesta terça-feira, 4, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). As estatísticas foram apresentadas em ocasião do Dia Mundial do Câncer.

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Dos 576,5 mil casos previstos para este ano, 152,2 mil deverão ocorrer em São Paulo e outros 73,6 mil, no Rio. Juntos, os dois Estados abrigam cerca de 30% da população brasileira.

Segundo Cláudio Noronha, coordenador de prevenção e vigilância do Inca, a maior presença de idosos nos grandes centros urbanos e o estilo de vida nesses locais favorecem uma maior incidência da doença.

“O Rio de Janeiro, por exemplo, é o Estado que concentra o maior número de idosos no Brasil. São Paulo também tem um grande índice. O envelhecimento é um fator de risco porque quanto maior o tempo de exposição aos fatores de risco, como o tabagismo, maior a chance de a pessoa desenvolver a doença”, diz. “Além disso, nos dois Estados, o padrão de comportamento é baseado em alimentação inadequada e sedentarismo, que também são fatores de risco”, diz.

Além de reunir o segundo maior número de casos absolutos previstos para 2014, o Estado do Rio de  Janeiro também possui a maior taxa de incidência de câncer por 100 mil habitantes entre as mulheres: 416,71.

Já entre os homens, a maior taxa é a do Rio Grande do Sul, com 533,92 casos por 100 mil habitantes. “Neste caso, o problema maior é o tabagismo. O Rio Grande do Sul é o Estado com a maior prevalência de fumantes. O cigarro é o principal responsável por grande parte dos tipos de tumor”, explica Noronha.

Segundo o especialista, o número de tabagistas no País vem diminuindo, mas é preciso medidas mais restritivas ao tabaco e ao álcool, além de políticas para prevenir a obesidade. “Ainda há muito o que se avançar na legislação quanto à propaganda do cigarro, da bebida e dos alimentos industrializados. As estimativas mostram a necessidade de agir fortemente na prevenção”, diz.

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