SP quer monitorar aeroportos e rodoviárias contra propagação de novas variantes do coronavírus

O monitoramento será nos moldes de outras ações realizadas no início da pandemia e incluiria a identificação de pessoas sintomáticas

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Por Jefferson Perleberg
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo quer acompanhar o trânsito de pessoas nos aeroportos, rodoviárias e rodovias da cidade com objetivo de monitorar a circulação das novas variantes do coronavírus. O governo do Maranhão confirmou o primeiro caso da variante B.1617, originada na Índia, o que fez a Secretaria Municipal de Saúde paulistana se mobilizar para atuar em conjunto com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

“Queremos disponibilizar os profissionais da saúde da cidade para acompanhamento das variantes que estão circulando em uma atuação conjunta com o Ministério da Saúde e com a Anvisa”, disse o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista ao Estadão

Ações de monitoramento serão instaladas em aeroportos, rodoviárias e principais rodovias de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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A estratégia de monitoramento será nos moldes de outras ações realizadas no início da pandemia e incluiria a identificação de pessoas sintomáticas. “Já fizemos esse trabalho ano passado, com as pessoas que vinham da Europa. É um conjunto de ações que constroem uma estratégia de monitoramento, não é uma ação só”, afirmou Aparecido. O principal objetivo das ações, segundo o secretário, “é ganhar tempo para prepararmos o sistema de saúde para um eventual enfrentamento de uma nova variante”.

Questionado se a estratégia seria um tipo de barreira sanitária, o secretário disse: “A barreira sanitária você tem que fazer com uma complexidade e um controle muito maior, numa cidade como São Paulo não é fácil pela dimensão e escala da população, o que pretendemos fazer é um processo de monitoramento.”

A reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda não tem data confirmada. Segundo o secretário, o ministro foi “muito prestativo” e imediatamente respondeu dizendo que “seria muito importante haver uma estratégia em comum”. 

Sobre a atual situação da pandemia em São Paulo, o secretário manteve o alerta. “Passamos pelo pico da segunda onda, em março e abril, mas estabilizamos há mais de 12 dias num patamar ainda muito alto, apesar da queda no número de internações e óbitos”. Na visão dele, a cidade está preparada para um possível aumento nos casos: “Nos preparamos, compramos usinas de oxigênio, importamos kits de intubação, aumentamos leitos de UTI e enfermaria, para qualquer reincidência da doença.” 

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