SP tem recorde de mortes por covid-19; governo diz que houve registro tardio no feriado

Em coletiva de imprensa, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou que 211 mortes foram adicionadas ao total, que agora é de 1.345

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Foto do author Ludimila Honorato
Por Bruno Ribeiro , Paloma Côtes e Ludimila Honorato
Atualização:

SÃO PAULO - Estado com o maior número de mortes e casos confirmados do novo coronavírus no País, São Paulo já registra 1.345 mortes pela covid-19, um salto de 211 óbitos em relação ao levantamento de quarta-feira, quando havia 1.134 mortes confirmadas. De acordo com o governo do Estado, esse salto, de 18,5%, se deu pela notificação tardia durante o feriado.

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"Queria esclarecer esse salto. Durante o feriado prolongado até ontem (quarta-feira), o número de óbitos parecia modesto, e hoje tivemos esse aumento. Isso aconteceu porque o sistema de vigilância epidemiológica, que envolve Estado, municípios e também os cartórios onde chegam as informações, funciona de forma mais lenta durante feriado", afirmou Paulo Menezes, coordenador da Coordenadoria do Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.

"Por isso é importante que os municípios tenham agilidade na notificação, para que o sistema possa ser atualizado adequadamente, para não termos discrepância de números", completou. O Estado tem 16.740 casos confirmados da doença, sendo que 826 foram contabilizados de ontem para hoje, um aumento de 5%.

Cemitério de Vila Formosa abre 56 covas diariamente. Foto: Fernando Bizerra Jr / EFE

De acordo com o governo de São Paulo, 114 cidades paulistas registram mortes pela covid-19 e há registro da doença em 256 municípios do Estado.

Sobre a situação dos leitos de UTI, a Secretaria Estadual da Saúde afirma que, na Grande São Paulo, a ocupação é de 74%. Já no Estado, essa taxa é de 55,3%. O governo anunciou que haverá uma ampliação de leitos no Instituto Emílio Ribas, que é um dos centros de referência para o tratamento do novo coronavírus e já vinha registrando lotação. No total, o hospital terá 50 leitos destinados ao atendimento de pessoas com covid-19.

"À medida que esses leitos são criados, precisamos garantir que a velocidade de aparecimento de novos casos que precisam de terapia intensiva diminua. É uma estratégia difícil em busca de equipamentos, contratação de pessoal, capacitação, mas estamos, sim, encaminhando de maneira rápida", afirmou Luiz Carlos Pereira Junior, diretor do hospital.

Menezes também detalhou a questão dos testes em São Paulo. Segundo ele, desde o dia 1º de março, foram realizados 37.305 exames e não há mais, desde quarta, fila de testes. Segundo ele, 959 estão em análise e 1.387 aguardam apenas o laudo.

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