SP terá apoio de agentes de limpeza no combate a dengue

20 mil varredores e coletores de lixo receberão treinamento para localizar criadouros do mosquito e orientar a população

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Por Isabela Palhares
Atualização:

Depois do reforço de policiais militares de folga e soldados do Exército, a Prefeitura de São Paulo recorreu também aos agentes de limpeza, varredores e coletores de lixo, para localizar e combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Com previsão de até 250 mil casos de dengue em 2016, mais do que o dobro registrado no ano passado, a prefeitura terá a ajuda de 20 mil funcionários da limpeza.

A previsão do dobro de casos de dengue já havia feito a prefeitura antecipar em três meses o pedido de ajuda ao Exército, que comecará na segunda-feira, 18, com 100 soldados - o dobro do que solicitou em abril do ano passado. Além disso, a prefeitura conta também com 2.500 agentes de vigilância em saúde e 8.000 agentes comunitários de saúde para combater o mosquito.  

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"85% dos focos de dengue estão dentro das casas, por isso todos os parceiros que pudemos ter serão fundamentais. Os agentes de limpeza podem ser ainda mais eficientes, já que já são conhecidos pela população, estão nas ruas ruas todos os dias e podem ajudar a orientar ainda mais a população"", disse Alexandre Padilha, secretário municipal da Saúde.

Todos os 20 mil agentes receberão treinamento sobre como identificar os focos de reprodução do mosquito e como combatê-los e já na próxima semana passarão a orientar a população. "O varredor, que passar em frente à uma casa e ver um vaso de planta ou um pneu acumulando água, irá orientar o morador", disse Padilha.

Além das apoio dos servidores, Padilha destacou também que a prefeitura utilizará drones para fazer o monitoramento de focos do mosquito e a lei que permite a entrada à força nos domicílios, sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT). “Até o fim do mês de janeiro os drones serão usados nas ações de bloqueio, que é quando fazemos uma varredura no entorno de 300 metros de uma casa que rgistrar dengue”.

Segundo Padilha, até esta quinta-feira, 14, ainda não foi necessário o uso da lei que autoriza a entrada de agentes em casas em que o morador se negar a fazer visita."Nossa previsão é que agora, em janeiro, quando os casos de dengue começam a aumentar será necessária a utilização da lei. Já estamos preparados para isso, já temos formas de identificar o proprietário, como contratar o chaveiro, como fazer a ação de limpeza na casa. Toda a ação jurídica está pronta", disse. 

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