14 de dezembro de 2008 | 15h58
Duas vezes por semana, em média, um estrangeiro morre na Suíça. Atraídos pela reputação do País como um lugar livre de problemas para estrangeiros darem fim a suas vidas, mais de cem estrangeiros vão ao País todos os anos para tomar uma dose letal de barbituricos e encerrarem suas vidas. As práticas suicidas da Suíça estão sob os holofotes da opinião pública desde que a TV inglesa exibiu, na última semana, as imagens de Craig Ewert, um senhor de 59 anos de Chicago com uma deficiência motora severa, se matar na Suíça há dois anos. Desde 1942, a Suíça tem uma lei que permite que estrangeiros se matem no Páis, estabelecendo poucos requisitos para isso. Na maioria dos casos, os estrangeiros buscam grupos como Dignitas, que se mantém com doações e cujo único critério exigido para dar apoio a alguém que queira se suicidar é que a pessoa "sofra de uma doença que inevitavelmente leve à morte, ou deficiência inaceitável, e queira finalizar a vida e esse sofrimento voluntariamente." De acordo com os críticos, a Suíça pode estar se tornando um imã para o 'turismo do suicídio', além de trabalhar no limite da ética médica e da opinião pública. O editor-chefe da Revue Medicale Suisse, publicação médica do País, diz temer que algumas pessoas estejam se matando não para escapar se um sofrimento intolerável, mas sim para aliviar a família ou a sociedade de um 'fardo'. Mas de acordo com o grupo Dignitas, a demanda continua a crescer, e seu número de mebros já atingiu quase 6 mil. Alguns apenas apóiam o trabalho, enquanto outros pretendem morrer com a ajuda do grupo quando a hora chegar.
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