Surto de H1N1 já provoca falta de álcool em gel nas farmácias

O uso do item é recomendado por médicos como uma das medidas de higiene que diminuem o risco de transmissão da doença

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Foto do author Fabiana Cambricoli
Por Fabiana Cambricoli e Paula Felix
Atualização:

SÃO PAULO - Depois de provocar corrida a clínicas de vacinação e lotação em hospitais, o surto antecipado de gripe H1N1 já causa também falta de álcool em gel em farmácias da capital paulista. O uso do item é recomendado por médicos como uma das medidas de higiene que diminuem o risco de transmissão da doença.

Na tarde desta terça-feira, 5, o Estado percorreu sete drogarias de seis redes diferentes e só encontrou o produto em duas delas - em uma, só havia uma unidade restante.

Em uma loja da Drogaria São Paulo em Higienópolis, na região central, novas unidades do produto têm chegado todos os dias e esgotado em duas horas. “A gente recebe uns dez todas as noites para começar a vender na manhã seguinte. Abrimos a loja às 7 horas e quando chega às 9 horas já não tem mais nada”, disse uma atendente da farmácia, que preferiu não se identificar.

Na unidade da Farma Ponte do bairro do Limão, na zona norte, o produto está em falta desde sábado, sem previsão de chegada. Já na loja da Bifarma da Casa Verde, na mesma região, não há nenhum item e a previsão é de que novos produtos sejam entregues só a partir de sexta-feira. O item também está em falta em unidades da Droga Raia e da Drogasil na região central da cidade.

Os sintomas gerais das gripes são febre, dor de garganta, cabeça e no corpo, coriza, mal estar e tosse seca, com início súbito. A gripe H1N1 apresenta sintomas semelhantes aos outros tipos de gripe, mas com mais chance de complicações, como pneumonia, sinusite, otite ou piora de condições pré-existentes, como doenças cardíaca ou pulmonar. Geralmente, os sintomas duram de três a sete dias, podendo a tosse e a dor no corpo persistirem por mais tempo. Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGES

A reportagem só encontrou álcool em gel na Droga Verde, da Casa Verde, e na Drogasil, do bairro do Limão - uma unidade de 60 ml. Questionada sobre a falta do produto, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos informou que não recebeu relatos de desabastecimento.

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