
25 de novembro de 2020 | 10h46
RIO - O Rio voltou a ter um patamar preocupante de ocupação de leitos de UTI para o combate à covid-19. Nesta quarta-feira, 25, a taxa de ocupação para tratamento intensivo da doença chegou a 93% na rede SUS. Os números englobam os leitos de unidades municipais, estaduais e federais.
Se forem considerados também os municípios da Baixada Fluminense, ao todo 146 pacientes aguardavam transferência para leitos especializados. Deste total, 73 eram para UTIs.
Com alta de casos de covid, Rio decide abrir 214 leitos e suspender cirurgias em dezembro
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, a prefeitura do Rio informou que a rede não atingiu a capacidade total no município. Segundo a TV Globo, no entanto, pela manhã 86 pessoas aguardavam leitos de UTI para vítimas de Covid-19 no município do Rio e havia apenas 37 vagas disponíveis. Questionada sobre esse dado, a secretaria municipal de Saúde não o confirmou, nem negou.
“Os pacientes que aguardam leitos de UTI estão internados em setores com os devidos equipamentos de suporte à vida, como monitores e respiradores”, afirmou a pasta, em nota. “A ocupação de leitos leva em consideração diversos fatores entre o período em que se recebe a indicação da necessidade de internação e a disponibilidade do leito”, informou ainda a Secretaria de Saúde.
Além dos níveis alarmantes nas UTIs, a taxa de ocupação de leitos de enfermaria para tratamento do novo coronavírus na caputal estão em 70%. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Ao todo, a rede SUS da capital tinha na manhã dessa quarta 1.087 pessoas internadas em leitos voltados ao combate à covid-19, sendo 513 em UTI. Desse total, 541 pacientes estão em unidades de saúde do município, sendo 264 em UTIs.
Nesta segunda-feira, 23, o governo estadual anunciou duas novas medidas para ampliar a capacidade de atendimento da rede de saúde: a "mobilização e abertura" de 214 leitos em sete unidades de saúde e a suspensão de cirurgias eletivas que não sejam de alta complexidade a partir de 7 de dezembro. Cirurgias oncológicas, bariátricas, vasculares, ortopédicas e neurológicas serão mantidas.
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