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Tecnologia da Nasa será usada em exames e pode ajudar em diagnósticos

Sistema baseado em software da agência ajudará médicos a analisar mamografias e raios X

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Por Redação
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WASHINGTON - A avançada tecnologia da Agência Espacial Americana (Nasa) aplicada à medicina criou um sistema que ajudará a interpretar com mais precisão exames médicos, algo que pode ser vital para o diagnóstico de doenças como o câncer, segundo a empresa Bartron Medical Imaging. A companhia criou o sistema MED-SEG, baseado em um software desenvolvido pela Nasa, que ajudará os médicos a analisar exames como mamografias, ultrassonografias e raios X digitais. O sistema incorpora um software no qual o engenheiro da Nasa James Tilton trabalhou por mais de 25 anos para melhorar a análise de imagens digitais por satélite. Segundo explicou à Agência Efe Enidia Santiago-Arce, gerente de transferência tecnológica do Centro Espacial Goddard, o sistema MED-SEG tem capacidade para receber imagens e dados de diversas fontes médicas, armazená-los e processá-los. Isso permite a transferência de informação imediata entre centros médicos, economizando tempo e dinheiro. Além disso, o uso da tecnologia "poderia minimizar os erros ao avaliar imagens radiológicas", explicou Thomas Rutherford, diretor de oncologia na Universidade de Yale, em New Haven. Ela também "poderia permitir o rápido diagnóstico de anomalias nos tecidos explorados", acrescentou. O objetivo de Tilton era conseguir um novo método para analisar imagens digitais da Terra, que são compostas por milhares de pixels e frequentemente não oferecem informações suficientes. Para superar a deficiência, o engenheiro tentou desenvolver uma tecnologia que segmentasse a imagem, organizando e agrupando os pixels com diferentes níveis de detalhes, por cores e regiões. Molly Brewer, professora da divisão de Oncologia da Universidade de Connecticut, espera que o sistema MED-SEG, que começará a ser utilizado nos próximos meses em testes clínicos, sirva para melhorar a mamografia como ferramenta de diagnóstico do câncer de mama. Segundo ela, esse exame nem sempre é eficiente e, por isso, muitas vezes é necessário que as mulheres façam também "ressonâncias magnéticas, que são caras, incômodas e podem apresentar alta taxa de falsos positivos", levando a "biópsias desnecessárias". "A precisão do MED-SEG permite ao médico ver muitos mais detalhes", dando um diagnóstico mais preciso, completou Molly.

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