
16 de dezembro de 2010 | 17h49
Ao fazer um balanço das ações na área da saúde no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lamentou nesta quinta-feira, 16, o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e não ter implantado as fundações de direito privado para administrar hospitais e institutos públicos.
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"(A extinção da CPMF) Impediu que hoje estivéssemos apresentando números muito melhores. Nós íamos ter R$ 24 bilhões ao longo desses quatro anos, não tivemos", disse Temporão, que tornou-se titular da pasta em março de 2007. No mesmo ano, o Congresso Nacional acabou com a CPMF, em que parte dos recursos eram destinados para o financiamento de programas de saúde.
Sobre as fundações, Temporão disse ter enfrentado resistência. Entidades ligadas ao setor foram contra a ideia e o projeto não passou pelo Congresso Nacional. "Embora tenhamos avançado em alguns estados, tive dificuldade em implantar nos institutos nacionais e hospitais do Rio de Janeiro".
O ministro também lamentou a demora na aprovação do projeto que proíbe em todo o país fumódromos em ambientes fechados. A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Temporão apontou melhorias em indicadores de saúde, citando como exemplo, a queda na taxa da mortalidade infantil, como pontos fortes de sua administração.
Para ele, melhorar a gestão e buscar fontes de financiamento para o Sistema Único da Saúde (SUS) são os grandes desafios da presidenta Dilma Rousseff nos próximos quatro anos.
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